Venda do Chelsea volta a estar em risco

Segundo o The Times, Roman Abramovich quer, afinal, que lhe seja reposta uma quantia emprestada ao clube, algo que tinha garantido não exigir.

Foto
Roman Abramovich em Londres Reuters/Suzanne Plunkett

Em bom inglês, o triângulo Chelsea-Roman Abramovich-Rússia viveu mais um plot twist. Segundo avança o The Times, o magnata russo voltou atrás na promessa que tinha feito e exige que, no processo de venda do clube, lhe sejam repostos cerca de 1,9 mil milhões de euros que tinha emprestado aos londrinos.

Esta intenção pode, assim, complicar o processo de venda do Chelsea, já que o Governo britânico já tinha garantido não autorizar que o dono, Abramovich, beneficiasse de qualquer quantia neste negócio – avançaram mesmo que o dinheiro dessa venda fosse aplicado em causas sociais, entre as quais apoio às vítimas da Guerra na Ucrânia. Essa condição era uma das consequências das sanções impostas pela Europa a oligarcas russos – entre os quais o magnata russo dono do Chelsea.

O jornal britânico detalha ainda que, em bom rigor, a dívida não é directamente a Abramovich, mas sim a uma empresa, a Camberley International Investments, que será propriedade do russo.

E este “será” é um detalhe que complica o cenário e adensa a relutância do Governo britânico em avançar com a venda do clube, já que a falta de transparência sobre as ligações de Abramovich a esta empresa poderá resultar em ganhos indirectos do russo.

A solução, argumenta o jornal inglês, passará por a empresa abdicar desse empréstimo – que o Governo acredita ser um cenário possível, mas fontes próximas de Abramovich dizem que não.

Tudo isto poderá ser um travão nas negociações com Todd Boehly, americano que fez na semana passada uma proposta de compra do clube.

Sugerir correcção
Comentar