Professor e ensaísta Carlos Nogueira vence Prémio Literário Vergílio Ferreira 2022
A Câmara Municipal de Gouveia anunciou a obra José Saramago: a Literatura e o Mal como vencedora este ano do prémio que instituiu em 1997.
O Prémio Literário Vergílio Ferreira 2022, instituído pela Câmara Municipal de Gouveia, foi atribuído à obra José Saramago: a Literatura e o Mal, da autoria do professor universitário e ensaísta Carlos Nogueira, anunciou a autarquia este sábado.
Em comunicado, o município do distrito da Guarda refere que o trabalho ensaístico do autor tem-se centrado “especialmente nas relações entre a Literatura, a Filosofia, a Política e o Direito”. Nos últimos anos, o galardoado “tem-se especializado no estudo e na divulgação da obra e do pensamento de José Saramago".
“Tem publicado livros de ensaio em editoras como a Fundação Calouste Gulbenkian, a Imprensa Nacional - Casa da Moeda, a Porto Editora, as Edições Europa-América, as Edições Lusitânia, a Livraria Lello e a Tinta-da-China”, acrescenta. O vencedor do Prémio Literário Vergílio Ferreira 2022 também já recebeu o Prémio Santander de Internacionalização da Produção Científica da FCSH/Universidade Nova de Lisboa, o Prémio Montepio de Ensaio e o Prémio de Ensaio Jacinto do Prado Coelho, lembra a autarquia de Gouveia.
O município, presidido por Luís Tadeu, recorda na nota que as 26 obras apresentadas este ano a concurso foram apreciadas por um júri constituído por Alípio de Melo (representante do município de Gouveia), José Manuel Mendes (da Associação Portuguesa de Escritores) e Manuel Frias Martins (da Associação Portuguesa de Críticos Literários). “Para além do reconhecimento do autor e da obra literária vencedora, o prémio terá um valor pecuniário de cinco mil euros e será entregue ao autor em cerimónia pública, em Agosto de 2022”, é anunciado.
O prémio foi criado em 1997 pela Câmara Municipal de Gouveia, com o objectivo de homenagear o escritor Vergílio Ferreira, “bem como incentivar a produção literária, contribuindo desta forma para a defesa e enriquecimento da Língua Portuguesa”. O autor de Manhã Submersa nasceu na aldeia de Melo, no concelho de Gouveia, na Serra da Estrela, no distrito da Guarda, a 28 de Janeiro de 1916 e morreu a 1 de Março de 1996.
O Prémio Literário Vergílio Ferreira já distinguiu, entre outras, as obras Senha Número Trinta e Quatro, da autoria de João José Afonso Madeira (2020), Que possível ensaio sobre a verdade em Vergílio Ferreira, de Maria do Rosário Cristóvão (2018), Dor de Ser Quase, Dor Sem Fim, de Iolanda Martins Antunes (2016), O Cómico em Vergílio Ferreira, de Jorge Costa Lopes (2013), Diário dos Imperfeitos, de João Morgado (2012), e Estação Ardente, de Júlio Conrado (2006).