7 dias, 7 fugas: cavacas, cruzes, palavras e mais uns mimos para a mãe

Resende faz a festa às cavacas, Oeiras dança à beira-mar e mostra as artes da palavra, Évora abre as portas do Bairro Celeiros, Barcelos dedica-se às Cruzes, Ílhavo põe Ilustração à Vista e Vouzela renasce Insitu.

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Festa das Cavacas em Resende DR
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O Bairro Celeiros está montado em Évora DR
Produção de fotografia do concerto de Jorge Palma, Rui Massena e Orquestra de Coimbra nos Coliseus Lisboa e Porto, em Lisboa.
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O trovador Jorge Palma é um dos convidados do MAP - Mostra de Artes da Palavra, em Oeiras DR
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Insitu: Vouzela renova o Festival de Imagem de Natureza DR/INSITU

Sábado, 30: Resende com cavaca

Com receituário à medida da tradição, a cavaca volta a ser rainha na vila de Resende, entre 30 de Abril e 1 de Maio. Instalada no Largo da Feira, a Festa das Cavacas dá a provar o doce da região – que, à moda antiga, se faz com apenas três ingredientes (ovos, farinha e açúcar), é mexido com as mãos e cozido em forno a lenha –, a par de artesanato, licores, compotas e vinhos. Novidade desta edição: a apresentação e degustação da maior cavaca de Resende, no sábado, às 17h. As unidades hoteleiras da terra juntam-se à causa, com descontos nas estadias e o convite para “conhecer o seu património, paisagens fantásticas, gastronomia e cultura”. A feira está aberta das 15h às 24h (sábado) e das 11h às 18h30 (domingo).

Domingo, 1: em Oeiras, à beira-mar, há ir e dançar

Uma “primeira experiência para quem não sabe dançar” ou um “divertimento garantido para quem já sabe”, assegura a organização. E uma excelente tarde de domingo em família, acrescentamos nós, na ressaca do Dia Mundial da Dança (assinalado a 29 de Abril), com a maresia por companheira e à medida das mães que gostam de dar um pezinho. Danças de salão, kizomba e salsa são alguns dos estilos que entram no convite que a Associação Trópico de Dança faz para uma série de aulas ao ar livre, dadas por professores, às quais se juntam bailes livres e exibições. Está marcada para 1 de Maio, na Marina de Oeiras, a partir das 14h15 e até ao pôr-do-sol. Basta aparecer.

Segunda, 2: Évora com todos no Bairro Celeiros

Oficinas de “saber fazer” (flores de papel, danças tradicionais, cante e forró), cinema, instalação, performance, conversas, bailes, concertos. Pela cidade de Évora, entre 2 e 27 de Maio, está o Bairro Celeiros montado, cortesia da associação PédeXumbo, que criou um projecto aberto a todos, com “dinâmicas de cultura participativa”. Com sede nos Antigos Celeiros da Epac, a iniciativa parte à descoberta de novos lugares de encontro no bairro, estendendo as coordenadas a sítios como o Rossio de São Brás, o Largo da Misericórdia, o Largo da Porta de Moura e o Largo de São Vicente, e convidando à participação e ao envolvimento da comunidade local. A entrada é livre; o programa detalhado pode ser consultado aqui.

Terça, 3: Barcelos nas cruzes

Reza a lenda que, em 1504, quando um sapateiro barcelense regressava da missa, apareceu a imagem de uma cruz no chão, que crescia e resplandecia. O Milagre das Cruzes, como ficou conhecido, faz parte da memória da cidade e é homenageado nesta romaria, considerada por muitos como uma das maiores festas religiosas do país. Do cariz “vincadamente religioso” inicialmente evocado, a Festa das Cruzes passou a incluir elementos de animação, como carrosséis, tasquinhas, cortejos etnográficos, cantares, artesanato, exposições, folclore, arruadas e fogo-de-artifício no rio Cávado. São estes os eixos à espera dos visitantes, entre 29 de Abril e 3 de Maio, num programa que tem como momentos altos os Arcos de Romaria, os Tapetes de Pétalas Naturais, a Batalha das Flores (1 de Maio, às 16h), a Grandiosa Procissão da Invenção da Santa Cruz (3 de Maio, às 16h30) e os concertos de Resistência, João Pedro Pais, Paula Fernandes e Calema (respectivamente, nos dias 29, 30 de Abril, 1 e 2 de Maio, sempre às 22h). Cartaz detalhado aqui.

Quarta, 4: palavras à solta em Oeiras

Jorge Palma, Adolfo Luxúria Canibal, A Garota Não, Luísa Sobral, Batida, Llama Virgem, Lisbon Poetry Orchestra, Luca Argel, João Botelho, Luaty Beirão, Manuel João Vieira e Alice Neto de Sousa estão no lote de convocados para a segunda edição do MAP - Mostra de Artes da Palavra. Entre 4 e 8 de Maio, o festival que quer “viver a língua e fazê-la viver” espalha a palavra pelo Parque dos Poetas, Templo da Poesia e Hotel Vila Galé, entre outros espaços de Oeiras, alinhando poesia e spoken word, mas também cinema, fotografia, música, performance, exposições, workshops, tertúlias, debates e masterclasses. Porque a palavra está viva, em todas as suas formas. No capítulo das novidades vem um país convidado (Brasil) e as curadorias artísticas multidisciplinares entregues a Miguel Martins, Francisca Camelo, Raquel Castro e Rodrigo Brandão. O festival tem entrada gratuita e mapa completo em mapoeiras.com.

Quinta, 5: em Ílhavo, ilustração a fluir

As ideias também dançam, já pensaste?, pergunta o título de uma oficina, na Biblioteca Municipal. No Laboratório Artes, Luís Bittencourt dá um concerto ilustrado por Sons de Resistência. No Parque de Merendas da Vista Alegre, o colectivo Guarda Rios conduz um percurso-performance. Os Sensible Soccers dão um cineconcerto na Fábrica das Ideias. A companhia PIA - Projectos de Intervenção Artística anda pelas ruas com Palaphita. Joana Gama e Luís Fernandes juntam-se ao Drumming em Textures & Lines. Estes são apenas alguns dos momentos do quarto Ilustração à Vista que, depois de dois anos em contenção de esboços, volta a Desenhar um território em Ílhavo. Assim manda o lema do festival que aposta na “criação de experiências marcadas pela fusão da ilustração com as artes performativas”, sublinha a organização. Nesta edição, é a água – que “em todos os seus estados, oferece tantas possibilidades como a ilustração, em todas as suas formas” – o elemento agregador de um programa que flui entre concertos, performances, exposições, oficinas e uma feira do livro ilustrado. Realiza-se entre 5 e 8 de Maio. À excepção da oficina de pintura de cerâmica Esta garrafa é só minha! (30€), a entrada é livre para todas as actividades.

Sexta, 6: Vouzela Insitu

Com uma década de existência, o Festival de Imagem de Natureza de Vouzela prepara-se para entrar num novo ciclo, reinventando-se e renascendo, tal como acontece na natureza, a cada estação. Com novo nome, Insitu – inspirado no conceito de identidade própria de um local –, o evento mantém a cartilha da “valorização do património natural, paisagístico e da biodiversidade”, em particular do cenário do Parque Natural Local Vouga Caramulo. É por ali que, entre 6 e 8 de Maio, passam exposições, workshops, passeios fotográficos, palestras e o concurso Generg – Fotógrafo de Natureza do Ano (programa completo aqui). Todos com o “poder da imagem” ao serviço da “consagração da natureza mais bela e recôndita”, explica a comissão organizadora, que integra o festival e a autarquia.

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