Coliseu do Porto, FITEI e Fórum Dança garantem financiamento europeu de 1 ME

O projecto PREMIERE - Performing arts in a new era, que inclui doze parceiros de diversos países europeus, pretende “desenvolver e aplicar nova tecnologia — inteligência artificial, realidade estendida (XR) e 3D — para a criação, preservação, valorização e fruição do património europeu das artes performativas”.

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A participação portuguesa partiu do Coliseu do Porto, que levou consigo a Medidata, parceiro tecnológico, o FITEI e o Fórum Dança Adriano Miranda

O Coliseu do Porto, o FITEI, o Fórum Dança e a empresa tecnológica portuense Medidata fazem parte de um consórcio que será financiado para criar e aplicar tecnologia na “criação, preservação, valorização e fruição do património europeu das artes performativas”. Ao todo são 12 parceiros, entre entidades portuguesas, espanholas, francesas, holandesas, gregas e cipriotas, que formam o consórcio liderado pela grega ATHINA, seleccionado para o apoio através do programa Horizonte Europa da Comissão Europeia.

“A participação portuguesa partiu do Coliseu do Porto”, adianta a casa de espectáculos em nota de imprensa enviada à agência Lusa, “que, por sua vez, trouxe a bordo mais três entidades nacionais: a Medidata, parceiro tecnológico, o FITEI - Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica e o Fórum Dança”, associação cultural sediada em Lisboa.

O projecto “PREMIERE - Performing arts in a new era: AI and XR tools for better understanding, preservation, enjoyment and accessibility” será financiado a 100%, com quatro milhões de euros, dos quais um milhão é destinado a Portugal. De acordo com a nota, e como o próprio nome do projecto indica, a intenção é “desenvolver e aplicar nova tecnologia — inteligência artificial, realidade estendida (XR) e 3D — para a criação, preservação, valorização e fruição do património europeu das artes performativas, nomeadamente do teatro e da dança”.

“Os parceiros portugueses vão percorrer o património e o arquivo de registos média dos anos 60, 70 e 80, e dar-lhes uma nova vida, fomentando novas actividades culturais acessíveis a todos, mesmo aqueles que não podem assistir ao vivo devido a barreiras como a distância geográfica ou motivos de saúde”, adianta o texto.

Esta iniciativa, que arranca em Outubro de 2022, pretende “aumentar a visibilidade e alcance das performances” e “apoiar tanto os espectadores na busca de conteúdos relevantes como os produtores e curadores na comunicação dos seus trabalhos para públicos mais vastos”.

“No caso de novas produções, a tecnologia digital avançada poderá ser utilizada em todo o ciclo de uma performance: desde a curadoria e produção até à distribuição aos públicos, passando pela análise e interpretação, com vista a melhor dar a conhecer as obras e as suas características a plateias mais diversas”, acrescenta o comunicado. Por outro lado, o uso da tecnologia procura “enriquecer o processo criativo, adicionando novos elementos, dimensões e capacidades, ao mesmo tempo que possibilita a colaboração intercultural”.

“O Horizonte Europa é um dos maiores programas de financiamento público para a investigação e inovação em todo o mundo, com um orçamento total de 95,5 mil milhões de euros, e estará em vigor de 2021 a 2027. Pela primeira vez, um programa-quadro inclui um cluster dedicado à área da Cultura”, destaca o Coliseu. De um total de 364 candidaturas, 16 das quais com participação nacional, foram seleccionados 49 projectos.