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“Mariupol não é um local apropriado para os vivos”, diz antigo residente
Viktor Semenov, ucraniano que falou, pela primeira vez, com o PÚBLICO em Fevereiro, relata agora o cenário de destruição na cidade, onde até há dois meses vivia.
No 63.º dia do conflito, o exército ucraniano reconheceu o avanço das forças russas no Leste da Ucrânia. Depois de controlada Kreminna, as tropas invasoras progridem à frente da linha de Izium, também já conquistada.
Os soldados de Moscovo avançam em direcção a Liman, com várias tentativas de tomada de posições em localidades da zona, e estão nas proximidades de Severodonetsk, uma das cidades mais importantes da região.Segundo o Ministério da Defesa Ucraniano, os russos também fizeram avanços na região de Donetsk, nas localidades de Zaritchne e Novotochkivske. O secretário-geral da ONU, António Guterres, chegou a Kiev, onde vai reunir-se com o Presidente ucraniano, Volodimir Zelenskii.
À chegada, depois de uma viagem de perto de 900 quilómetros entre Cracóvia, na Polónia, e a capital ucraniana, Guterres disse aos jornalistas portugueses que a evacuação da fábrica de Azovstal, em Mariupol, sobre o qual existe um “acordo de princípio” com o Presidente russo, Vladimir Putin, é nesta altura “a prioridade das prioridades”.
O objectivo é que a operação seja levada a cabo no dia 29.
“Mariupol não é um local apropriado para os vivos”, diz um antigo residente. Viktor Semenov, ucraniano que falou, pela primeira vez, com o PÚBLICO em Fevereiro, relata agora o cenário de destruição na cidade, onde até há dois meses vivia.