Rússia testa míssil com capacidade nuclear que garante “a segurança” contra “ameaças externas”, diz Putin
O novo míssil balístico intercontinental Sarmat foi lançado do noroeste do país e atingiu alvos na península Kamchatka, no extremo oriente. Putin afirmou que o novo equipamento nuclear possui “elevadas características tácticas e técnicas” e servirá de reflexão aos países inimigos de Moscovo.
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O Ministério da Defesa da Rússia revelou ter testado o novo míssil balístico intercontinental Sarmat, uma adição ao já vasto arsenal nuclear do país.
O Presidente russo, Vladimir Putin, surgiu na televisão estatal russa no momento em que foi informado pelos militares sobre o resultado do teste e garantiu que o novo equipamento possui “elevadas características tácticas e técnicas” e dará que pensar aos países inimigos do Kremlin.
“Esta arma verdadeiramente única irá reforçar o potencial de combate das nossas forças armadas, garantir a segurança da Rússia contra ameaças externas e fornecer alimento para reflexão àqueles que, no calor da retórica agressiva e frenética, tentam ameaçar o nosso país”, revelou Putin, citado pelo Guardian.
O míssil foi lançado de Plesetsk, no noroeste do país, e atingiu alvos na península Kamchatka, no extremo oriente. A nova arma nuclear, que foi criada para substituir o equipamento da era soviética Voevoda ICBM, pode transportar múltiplas ogivas e, de acordo com Putin é capaz de evitar todos os sistemas antiaéreos modernos.
De acordo com a agência estatal russa Interfax, o Ministério da Defesa russo revelou que “os objectivos do lançamento foram atingidos na totalidade” e acrescentou que as forças de mísseis estratégicos da Rússia sediadas no território de Krasnoiarsk vão ter o equipamento disponível.
O míssil está em desenvolvimento há anos, e, por isso, o lançamento não foi uma surpresa para o Ocidente. O porta-voz do Pentágono, John Kirby, revelou que Moscovo notificou o Governo de Joe Biden sobre o lançamento, acrescentando que se trata apenas de um teste de “rotina”, que não representa ameaça para os Estados Unidos ou para os países aliados.
No entanto, o teste surge num momento de particular tensão geopolítica entre Moscovo e o Ocidente na sequência da invasão à Ucrânia.