O recluso que estava em fuga e que, na semana passada, viu a cadeia de Coimbra fechar-lhe as portas, depois de se tentar entregar de forma voluntária, já foi admitido numa outra prisão. A notícia é avançada esta terça-feira pelo Jornal de Notícias.

Luís Silva entregou-se na segunda-feira na prisão de Alcoentre, na Azambuja, para cumprir a pena de três anos, de um total de nove a que foi sentenciado, confirmou fonte da Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais ao PÚBLICO.

Desta vez, o recluso fez-se acompanhar por um despacho do Tribunal de Execução de Penas de Lisboa, que critica a recusa da prisão de Coimbra, em que a juíza Ana Paula Conceição defende que mesmo sem documentação, a cadeia “deveria ter diligenciado junto das autoridades policiais pela identificação e detenção” do condenado.

Na semana passada, a prisão de Coimbra recusou admitir o recluso, que esteve em fuga durante oito meses. A direcção do estabelecimento prisional não aceitou a admissão de Luís Silva uma vez que não trazia consigo um documento de identificação, nem fez referência à condição de fugitivo.

O condenado regressou, por isso, a casa e denunciou a situação através do seu advogado ao Tribunal de Execução de Penas de Lisboa. Além do despacho, a juíza Ana Paula Conceição ordenou igualmente a emissão de mandatos de detenção em nome de Luís Silva, que não chegaram a ser necessários uma vez que o recluso se apresentou na segunda-feira numa outra prisão, que o admitiu para cumprir a pena que ainda lhe resta.

O recluso já tinha cumprido seis anos de pena e beneficiava de saídas precárias. Numa dessas saídas, em Julho de 2021, não regressou à prisão. Os últimos oito meses, escreve oJN, passou-os em Espanha e França a trabalhar nas obras.

Luís Silva foi condenado a várias penas por crimes como roubo, ofensas à integridade física ou tráfico de droga.