Funeral de Eunice Muñoz é na terça-feira e Governo decreta dia de luto nacional
Governo decidiu decretar luto nacional no dia do funeral de Eunice Muñoz em homenagem à actriz, que morreu esta sexta-feira aos 93 anos.
O Governo vai decretar luto nacional na terça-feira, o dia do funeral da actriz Eunice Muñoz, que morreu esta sexta-feira em Lisboa aos 93 anos, anunciou o Ministério da Cultura. O velório acontece na segunda-feira, dia 18 de Abril, a partir das 17h nas Capelas Exequiais da Basílica da Estrela, em Lisboa. E na terça-feira, dia 19 de Abril, às 15h, terão início as exéquias, seguindo o cortejo do funeral para o Cemitério do Alto de São João.
“O Governo, em articulação com o Presidente da República, vai decretar luto nacional no dia do funeral de Eunice Muñoz”, afirmou à Lusa fonte do Ministério da Cultura.
O ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, destacou esta sexta-feira a relação próxima e íntima dos portugueses com a actriz e o “enorme aplauso” que recebeu em vida e que assegurou que será mantido.
“Neste momento devemos-lhe o mesmo aplauso que sempre lhe oferecemos, um aplauso de certa forma eterno”, declarou o ministro à agência Lusa, considerando um “privilégio para Portugal e para os portugueses” ter uma actriz como Eunice Muñoz.
“Tinha um talento quase natural e um dom único para a representação e, por isso mesmo, para nós todos, a vida da Eunice Muñoz confunde-se com os palcos e com o teatro, é uma espécie de relação íntima que todos fomos desenvolvendo com a mulher doce e afável”, disse o governante.
Pedro Adão e Silva destacou também a carreira longa e de enorme proximidade e de intimidade da actriz: “É como se todos a conhecessem e talvez essa seja também uma marca distintiva. Não é só o dom que tinha de facto e o talento como actriz, é também essa proximidade e essa intimidade”.
Eunice Muñoz morreu esta sexta-feira, no Hospital de Santa Cruz, em Lisboa, segundo avançou o filho da actriz, tendo completado em Novembro 80 anos de carreira.
Em Abril do ano passado, Eunice Muñoz foi condecorada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, cerca de três anos depois de ter recebido a Grã-Cruz da Ordem de Mérito.