Dar gracias a la vida enquanto o fim do mundo não vem

Pathos Ethos Logos é um filme que convida a sentir-nos pequenos, desamparados perante o supremo mistério da vida e da morte.

Algo de missionário, mas sem a arrogância dos missionários
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Algo de missionário, mas sem a arrogância dos missionários

Pathos Ethos Logos é um filme — em três partes, vamos dizer apenas “um filme” para simplificar e porque não deixa de ser verdade — onde coexistem a desmesura e a humildade. Um filme onde a ambição, o gesto largo, as 11 horas de duração total, coexistem com uma posição de relativo apagamento por parte dos autores, Joaquim Pinto e Nuno Leonel, que ficam sós, e nos deixam a sós, com um celebração da vida sempre assombrada pela extinção (quer a nível global, quer a nível pessoal), e com uma chamada de atenção, quase um apelo, para que reaprendamos a observar a reflectir sobre o mistério e a transitoriedade da existência. É um filme que não nos quer obrigar a nada se não a um retorno a essa posição de total abertura reflexiva, um filme feito para nos convencer da importância disso, razão provável por detrás do título “aristotélico”, que vai buscar os três da retórica tal como Aristóteles a definiu.

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