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Afundou-se o cruzador Moskva, a Glória russa desde a URSS
A Ucrânia diz ter feito explodir munição na embarcação, mas a Rússia apresenta outra versão: houve um incêndio a bordo. O navio estaria a ser levado para um porto na Crimeia quando se afundou.
O cruzador de mísseis Moskva (Moscovo), que era o mais importante da frota de Moscovo no mar Negro, afundou-se, admitiu o Ministério da Defesa da Rússia. O navio estaria agora a ser levado para o porto de Sebastopol, na Crimeia, mas a agitação marítima fez com que se afundasse, avançaram as autoridades russas.
A embarcação era símbolo do poder russo desde os tempos da União Soviética, também conhecida como Slava, palavra russa para Glória.
A versão russa e ucraniana sobre o que aconteceu ao Moskva, estrategicamente importante para o assalto russo à cidade portuária de Mariupol, diferem. Moscovo afirma que um incêndio fez explodir munição no navio, enquanto as autoridades de Kiev afirmam ter disparado dois mísseis Neptuno contra a embarcação.
Também nesta quinta-feira, por coincidência, o serviço postal ucraniano colocou em circulação o selo "Navio de guerra russo, vão-se f****", uma homenagem à resistência ucraniana.
No primeiro dia da guerra, 13 guardas fronteiriços que defendiam a ilha de Zmiinii (Cobra), a cerca de 300 quilómetros da Crimeia, quando os invasores anunciaram a sua chegada. Face a uma proposta de rendição, "para evitar que se derrame sangue e que morram pessoas desnecessariamente", os ucranianos reagiram, com o dedo em riste: “Ó navio de guerra russo, vai-te foder”.
Pouco depois eram bombardeados nos seus postos pelos invasores. Inicialmente foram dados como mortos, mas a Marinha ucraniana confirmaria depois que estavam vivos.
Há três anos, o imponente navio foi filmado ao largo da costa da Crimeia, península tomada pela Rússia em 2014, em celebrações do Dia da Marinha russo. O Moskva tinha 186 metros de comprimento e pesava mais de 12 mil toneladas, um gigante com uma tripulação de mais de 500 pessoas.