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Afundou-se o cruzador Moskva, a Glória russa desde a URSS

A Ucrânia diz ter feito explodir munição na embarcação, mas a Rússia apresenta outra versão: houve um incêndio a bordo. O navio estaria a ser levado para um porto na Crimeia quando se afundou.

Marinheiro olha para o navio russo Moskva, no porto ucraniano de Sevastopol, na Crimeia, em 2013 Reuters/STRINGER
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Marinheiro olha para o navio russo Moskva, no porto ucraniano de Sevastopol, na Crimeia, em 2013 Reuters/STRINGER

O cruzador de mísseis Moskva (Moscovo), que era o mais importante da frota de Moscovo no mar Negro, afundou-se, admitiu o Ministério da Defesa da Rússia. O navio estaria agora a ser levado para o porto de Sebastopol, na Crimeia, mas a agitação marítima fez com que se afundasse, avançaram as autoridades russas.

A embarcação era símbolo do poder russo desde os tempos da União Soviética, também conhecida como Slava, palavra russa para Glória. 

A versão russa e ucraniana sobre o que aconteceu ao Moskva, estrategicamente importante para o assalto russo à cidade portuária de Mariupol, diferem. Moscovo afirma que um incêndio fez explodir munição no navio, enquanto as autoridades de Kiev afirmam ter disparado dois mísseis Neptuno contra a embarcação. 

Também nesta quinta-feira, por coincidência, o serviço postal ucraniano colocou em circulação o selo "Navio de guerra russo, vão-se f****", uma homenagem à resistência ucraniana.

No primeiro dia da guerra, 13 guardas fronteiriços que defendiam a ilha de Zmiinii (Cobra), a cerca de 300 quilómetros da Crimeia, quando os invasores anunciaram a sua chegada. Face a uma proposta de rendição, "para evitar que se derrame sangue e que morram pessoas desnecessariamente", os ucranianos reagiram, com o dedo em riste: “Ó navio de guerra russo, vai-te foder.

​Pouco depois eram bombardeados nos seus postos pelos invasores. Inicialmente foram dados como mortos, mas a Marinha ucraniana confirmaria depois que estavam vivos.

Há três anos, o imponente navio foi filmado ao largo da costa da Crimeia, península tomada pela Rússia em 2014, em celebrações do Dia da Marinha russo. O Moskva tinha 186 metros de comprimento e pesava mais de 12 mil toneladas, um gigante com uma tripulação de mais de 500 pessoas. 

<i>Moskva</i> ancorado na cidade portuária ucraniana de Sevastopol, em 2013
Moskva ancorado na cidade portuária ucraniana de Sevastopol, em 2013 Reuters/STRINGER
O cruzador de mísseis russo <i>Moskva</i> navega no Bósforo, em Istambul, em direcção ao mar Mediterrâneo, a 18 de Junho de 2021
O cruzador de mísseis russo Moskva navega no Bósforo, em Istambul, em direcção ao mar Mediterrâneo, a 18 de Junho de 2021 Reuters/YORUK ISIK
O navio russo <i>Moskva</i> regressa ao porto na Crimeia, a 16 de Novembro de 2021, após localizar navios da NATO no mar Negro
O navio russo Moskva regressa ao porto na Crimeia, a 16 de Novembro de 2021, após localizar navios da NATO no mar Negro Reuters/Alexey Pavlishak
Oficiais da marinha russa no <i>Moskva</i>, enquanto regressa ao porto de Sevastopol, na Crimeia, em Novembro de 2021
Oficiais da marinha russa no Moskva, enquanto regressa ao porto de Sevastopol, na Crimeia, em Novembro de 2021 Reuters/Alexey Pavlishak
Vladimir Putin, o Presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi e o ministro da Defesa russo Sergei Shoigu numa cerimónia a bordo do cruzador de mísseis <i>Moskva</i>, no porto russo de Sochi, a 12 de Agosto de 2014
Vladimir Putin, o Presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi e o ministro da Defesa russo Sergei Shoigu numa cerimónia a bordo do cruzador de mísseis Moskva, no porto russo de Sochi, a 12 de Agosto de 2014 Reuters/SPUTNIK
O Presidente russo Vladimir Putin e o seu homólogo do Egipto descem do <i>Moskva</i> ancorado no porto de Sochi, em Agosto de 2014
O Presidente russo Vladimir Putin e o seu homólogo do Egipto descem do Moskva ancorado no porto de Sochi, em Agosto de 2014 Reuters/SPUTNIK
Brasão da Rússia no navio <i>Moskva</i>. Fotografia de 2008
Brasão da Rússia no navio Moskva. Fotografia de 2008 Reuters/Denis Sinyakov
Vladimir Putin, o Presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi e o Ministro da Defesa russo Sergei Shoigu numa cerimónia a bordo do cruzador de mísseis <i>Moskva</i>, no porto russo de Sochi, a 12 de Agosto de 2014
Vladimir Putin, o Presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi e o Ministro da Defesa russo Sergei Shoigu numa cerimónia a bordo do cruzador de mísseis Moskva, no porto russo de Sochi, a 12 de Agosto de 2014 Reuters/SPUTNIK
O serviço postal ucraniano pôs nesta quinta-feira em circulação um selo de homenagem à resistência ucraniana, ilustrando o momento em que guardas fronteiriços fizeram o célebre gesto ao navio russo Moskva
O serviço postal ucraniano pôs nesta quinta-feira em circulação um selo de homenagem à resistência ucraniana, ilustrando o momento em que guardas fronteiriços fizeram o célebre gesto ao navio russo Moskva Reuters/VALENTYN OGIRENKO