Isto está tudo ligado: uma mesa em Rabo de Peixe, funk suíço no mercado, a magnífica Maria Reis

Entre um concerto de 12 horas de uma orquestra de sintetizadores, a hospitalidade de uma família à mesa, a grande forma da ex-vocalista das Pega Monstro e o festim dançante do L’Eclair, o Tremor prossegue em São Miguel. Neste festival, os contrastes não se opõem. Tornam-se uma unidade.

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Maria Reis, acompanhada pela irmã Júlia, assinou um magnífico concerto no Teatro Ribeiragrandense Vera Marmelo
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Baby's Berserk Carlos Brum Melo
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Orquestra Modular Açoreana com Bitchin Bajas Vera Marmelo
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Cocanha, um duo vindo da Occitânia, pôs uma multidão a bailar nas águas Vera Marmelo
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Os suiços L'Eclair Vera Marmelo
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Peter Evans actuou com os instrumentistas da Escola de Música de Rabo de Peixe Vera Marmelo

Uma orquestra de sintetizadores a dar um concerto de 12 horas na nave de um antigo convento. O vapor a erguer-se da piscina de águas termais férreas do parque Terra Nostra, nas Furnas, e a fundir-se na perfeição com a música das Cocanha, polifonia encantatória criada por um duo vindo da Occitânia, na Catalunha francesa, que põe uma multidão a bailar nas águas. Uns suiços chamados L’Eclair, verdadeira jukebox de groove, a transformarem o Mercado Municipal da Ribeira Grande em absurdamente feliz pista de dança, e Maria Reis a assinar um magnífico concerto no Teatro Ribeiragrandense. Isso e seis pessoas a serem acolhidas por uma família de Rabo de Peixe para saberem mais da sua história, provarem o licor feito com o café da propriedade, o feijão que também ali cresce, o peixe chegado do mar em frente. Tudo isto está ligado, tudo isto é o Tremor, o festival micaelense que regressou em força, sem restrições, depois do adiamento e dos condicionamentos pandémicos.

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