Níveis de metano na atmosfera voltam a bater recordes em todo o mundo
Segundo a Agência Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA, em 2021, o aumento dos níveis de metano na atmosfera foi de 17 ppb (partículas por milhar de milhão) – o maior aumento anual registado desde o início das medições, em 1983.
Os níveis de metano na atmosfera voltaram a bater recordes em todo o mundo em 2021, segundo uma agência pública norte-americana, que alertou esta sexta-feira para a necessidade de reduzir as emissões deste gás de efeito de estufa.
Os níveis de dióxido de carbono (CO2) também continuam a aumentar significativamente, apontou num relatório anual a Agência Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA).
“Os dados mostram que as emissões globais continuam a evoluir rapidamente na direcção errada”, afirmou o director da NOAA, Rick Spinrad, em comunicado.
O metano é o segundo gás que mais contribui para o aquecimento global, a seguir ao CO2. Embora o seu tempo de permanência na atmosfera seja cerca de dez anos inferior ao do CO2, o seu poder de aquecimento é bastante superior.
Os cientistas estimam que 30% das emissões de metano estão ligadas ao sector dos combustíveis fósseis.
Segundo a NOAA, em 2021, o aumento dos níveis de metano na atmosfera foi de 17 ppb (partículas por milhar de milhão), o maior aumento anual registado desde o início das medições, em 1983.
O valor supera os 15 ppb registados em 2020 e que constituíam o recorde.
As emissões de CO2 também continuaram a aumentar mais de 2 ppb em relação ao ano anterior, pelo décimo ano consecutivo.
Na COP26 da ONU, em Glasgow, foi alcançado um compromisso para reduzir as emissões de metano em 30% até 2030.
No entanto, dos cinco maiores emissores deste gás com relação às suas actividades com combustíveis fósseis, China, Rússia, Irão, Índia e EUA, apenas os norte-americanos assinaram o compromisso.