O início na dança de David Marques não foi bem isto
Desta terça-feira e até 9 de Abril, o coreógrafo e bailarino regressa no TBA ao espectáculo que o colocou no caminho da dança. Teorias da Inspiração parte de memórias e reinterpreta-as sabendo que nem tudo foi exactamente assim.
Nos últimos anos, em contexto de workshops ou de desenvolvimento dos seus projectos artísticos, David Marques viu-se muitas vezes na posição de partilhar ideias e observações sobre a dança amadora, a fim de criar com os outros participantes “um imaginário sobre movimento”. Ao fazê-lo, o coreógrafo e bailarino activava as suas próprias memórias e reforçava a consciência de que a experiência com a dança amadora ocupava um lugar central no seu trajecto. Enquanto experiência formadora e enquanto memória das aulas de dança em Torres Novas nos anos 90, mas também enquanto fonte de inspiração e matéria criativa que encontrava forma de se infiltrar no seu discurso autoral actual. Aos poucos, e percebendo em criações como Dança sem Vergonha o quanto esse contacto inicial com a dança reemergia nas suas peças, foi crescendo em David Marques a vontade de recuar ainda mais e regressar ao espectáculo que, em 1992, tinha então seis anos, moldou o seu percurso.
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