A pressão de Marcelo Rebelo de Sousa
O Presidente da República decidiu marcar uma posição e assumir o protagonismo, com um aviso: não seria aceitável que Costa não levasse o mandato até ao fim.
O discurso estava escrito havia alguns dias, o Presidente da República já tinha feito questão de o anunciar, aguçando alguma expectativa. E Marcelo Rebelo de Sousa não desiludiu. Na cerimónia de tomada de posse do Governo foi dele o papel principal. Sobretudo com esta frase, dirigida ao primeiro-ministro: “Tenho a certeza que Vossa Excelência sabe que não será politicamente fácil que esse rosto, essa cara que venceu de forma incontestável e notável as eleições, possa ser substituído por outro, a meio do caminho. Já não era fácil a 30 de Janeiro, tornou-se ainda mais difícil depois de 24 de Fevereiro”, dia em que o mundo mudou com o início de uma guerra no coração da Europa. “É o preço das grandes vitórias inevitavelmente pessoais e intencionalmente personalizadas.”
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.