Filipe Lobo d’Ávila, que foi vice-presidente de Francisco Rodrigues dos Santos, assume que não será candidato à liderança do CDS. É a decisão do antigo dirigente que foi tentado a representar um grupo de distritais e de figuras ligadas à actual direcção que não se revêem em nenhum dos candidatos já assumidos.

“Não sou candidato. Vou ao congresso sobretudo para ouvir e para perceber que CDS podemos ter daqui para a frente”, declarou esta manhã ao PÚBLICO.

Até agora há quatro candidatos à liderança dos centristas: Nuno Melo, Nuno Correia da Silva, Miguel Mattos Chaves (estes dois últimos são vogais da comissão política) e Bruno Filipe Costa, próximo de Francisco Rodrigues dos Santos. Entre as dez moções de estratégia global apresentadas está a que é subscrita por um grupo que juntou 11 distritais e apoiantes da actual direcção, que estão desiludidos com a candidatura de Nuno Melo.

Muitos presidentes de distritais queixam-se de não terem sido contactados pelo eurodeputado neste processo eleitoral interno e mostram-se dispostos a procurar uma alternativa. Esse nome pode surgir até em pleno congresso já que qualquer delegado pode assumir ser candidato com uma moção subscrita por outros nomes desde que seja aceite por estes.

O congresso do CDS, no próximo fim-de-semana em Guimarães, vai escolher o sucessor de Francisco Rodrigues dos Santos, que se demitiu da liderança na sequência da derrota eleitoral de 30 de Janeiro, que deixou o CDS sem representação parlamentar.