DGS recomenda cuidados especiais devido a novo fenómeno de poeiras no ar

Fenómeno poderá prolongar-se durante os próximos dias.

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A quantidade de pó no ar é muito inferior à verificada a meio deste mês, mas ainda assim as pessoas mais vulneráveis devem proteger-se Rui Gaudencio

A Direcção-Geral da Saúde (DGS) recomenda às crianças, idosos, pessoas com problemas respiratórios crónicos, como asma, e a doentes cardiovasculares especial atenção devido a nova situação de poeiras no ar provenientes do norte de África.

A DGS alerta em comunicado que está prevista para esta segunda-feira uma situação de “fraca qualidade do ar” devido “à intrusão de uma massa de ar proveniente dos desertos do Norte de África, que transporta poeiras em suspensão e que atravessa Portugal continental, aumentando as concentrações de partículas inaláveis de origem natural no ar”.

“Este poluente (partículas inaláveis — PM10) tem efeitos na saúde humana, principalmente na população mais sensível, crianças e idosos, cujos cuidados de saúde devem ser redobrados durante a ocorrência destas situações (...) enquanto este fenómeno se mantiver”, adianta o comunicado.

Face a esta situação, que se pode arrastar para lá do dia de hoje, a DGS “recomenda à população em geral que evite os esforços prolongados, limite a actividade física ao ar livre e a exposição a factores de risco, tais como o fumo do tabaco e o contacto com produtos irritantes”.

De acordo com a DGS, crianças, idosos, pessoas com problemas respiratórios crónicos, designadamente asma, e doentes cardiovasculares, “pela sua maior vulnerabilidade aos efeitos deste fenómeno, para além de cumprirem as recomendações para a população em geral, devem, sempre que viável, permanecer no interior dos edifícios e, preferencialmente, com as janelas fechadas”.

A DGS aconselha ainda em caso de agravamento de sintomas contactar a Linha Saúde 24 (808 24 24 24) ou recorrer a um serviço de saúde.

Para informação adicional sobre a qualidade do ar e os valores medidos nas estações de monitorização, pode ser consultada a página da internet da Agência Portuguesa do Ambiente ou na aplicação QualAr.

Esta situação é idêntica a duas outras ocorridas na semana passada e há 15 dias, tendo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) explicado na altura que este fenómeno “pode ser caracterizado como um episódio normal, com intensidade semelhante aos que ocorrem com alguma frequência sobre os céus da Península Ibérica”.