Ronaldo e o futuro: “Se me apetecer jogar, jogo. Quem manda sou eu, ponto final”
Sobre o jogo com a Macedónia do Norte, o capitão lançou um apelo: “Gostava que o hino de Portugal começasse, eles apagassem a música e fossemos nós todos no estádio, os jogadores e os adeptos, a cantar, sem música”.
Cristiano Ronaldo recusou nesta segunda-feira avançar os planos que tem para o futuro. Aos 37 anos, o capitão da selecção principal das “quinas” pode olhar para o Qatar 2022 como o último Mundial da carreira. Contudo, e depois questionado sobre o “pendurar das botas”, o avançado não só não avançou detalhes como recordou aos jornalistas que é ele próprio quem decide. “Vocês andam com a mania de me fazer a mesma pergunta. Quem vai decidir o meu futuro sou eu, mais ninguém. Se me apetecer jogar, jogo. Se não me apetecer, não jogo. Quem manda sou eu, ponto final”, esclareceu.
Sobre a recepção à Macedónia do Norte, do play-off de acesso ao Mundial 2022, Ronaldo apontou que é o “jogo da vida” para Portugal, e pediu aos adeptos para transformarem o Estádio do Dragão num “inferno”.
“Para nós, também é o jogo da vida. Quero agradecer aos portugueses a demonstração de apoio incondicional que deram durante todo o jogo com a Turquia. Vou-vos dizer uma coisa e estou a falar a sério. Ontem à noite, fui para a cama a pensar assim: ‘gostava que o hino de Portugal começasse, eles apagassem a música e fossemos nós todos no estádio, os jogadores e os adeptos, a cantar, sem música’. Para vermos a garra, a energia, o positivismo. Se estiverem como estiveram na quinta-feira, tenho a certeza de que vamos ganhar”, apelou o avançado dos ingleses do Manchester United, durante a conferência de imprensa de antevisão.
Relativamente ao estado físico e anímico da equipa, o experiente jogador português, que soma 115 golos e 185 jogos pela selecção, garante que todos estão “bastante confiantes e preparados”.
O defesa central Pepe recuperou da infecção com o coronavírus e será, muito provavelmente, um dos titulares na terça-feira juntamente Ronaldo. “O Pepe faz parte da mobília, tem de estar sempre presente na selecção. Sou amigo dele, temos uma relação de muita proximidade. Coincidimos no Sporting há 20 anos. Gosto quando ele está e, como um dos capitães, toda a gente o respeita, todos sabem a importância dele. O grupo não é de 20, é de 50. É uma família, todos remam para o mesmo lado e ninguém é mais importante que ninguém. Queremos muito levar Portugal ao Mundial”, concluiu.