SPD vence eleições no estado federado do Sarre

Primeira eleição regional depois das legislativas alemãs é celebrada pelos sociais-democratas, o partido do chanceler, Olaf Scholz.

Foto
Anke Rehlinger era a "número dois" do governo cessante do Sarre, e poderá agora governar sozinha LUKAS BARTH/Reuters

O Partido Social-Democrata (SPD) venceu as eleições no estado federado alemão do Sarre, nas primeiras eleições regionais depois da tomada de posse da coligação saída das legislativas de Setembro, que junta SPD, Verdes e liberais.

O resultado foi visto como uma notícia especialmente boa para o chanceler, Olaf Scholz. “O Sarre foi o primeiro teste para ver a disposição após as eleições federais”, disse o chefe do SPD Lars Klingbeil. Um teste que resultou num “enorme sucesso” para o SPD.

De acordo com as projecções à boca das urnas, o SPD terá 43% dos votos, mais 13 pontos percentuais do que nas eleições anteriores. A União Democrata-Cristã (CDU) desceu para 27%. O estado era governado pelos dois, numa “grande coligação” liderada pela CDU.

Apesar de serem sempre vistas como tendo influência nacional, as eleições nos estados federados têm um forte elemento regional. No caso do Sarre, a popularidade da “número dois” do Governo, Anke Rehlinger, cuja popularidade terá contribuído muito para o sucesso do SPD.

As eleições regionais têm influência nacional também porque os estados estão presentes no Bundesrat (conselho das regiões), embora o Sarre, como estado pequeno, tenha menos lugares no conselho.

O Bundesrat tem actualmente uma maioria é de estados liderados pelos conservadores, ou que têm coligações lideradas pelos conservadores. O conselho é chamado a decidir sobre legislação que afecte o poder estados federados, ou qualquer alteração à Constituição, depois de votadas pelo Bundestag (Parlamento).

Este ano vão seguir-se eleições no estado federado da Renânia do Norte-Vestefália, o mais populoso do país, já em 15 de Maio, e uma semana antes, em Schleswig-Holstein. Em ambos, as sondagens estão a dar vantagem à CDU. Segue-se em Outubro a Baixa Saxónia, em que o SPD lidera uma “grande coligação”.