“Quattro ruote, un volante e due motori. È una macchina.” Um dos engenheiros traduziu as minhas palavras em inglês, ditas com ar sério, para italiano, e o olhar do assessor de comunicação e dos engenheiros tornou-se fulminante. Soltei uma ruidosa gargalhada. “Estou a brincar! É absolutamente formidável!” E também o meu sorriso ficou de orelha a orelha, como juravam, no jantar da véspera, que toda a gente saía do Ferrari 296GTB. Afinal, tinham sido duas horas de pura diversão num passeio pela serra junto a Sevilha que teve também um cheirinho de auto-estrada (com as figas de uma jornalista espanhola que temia ser detida pela velocidade a que seguíamos o nosso guia) e muita curva até encontrarmos o Rio Tinto (esse mesmo, o que baptizou a empresa inglesa que quer explorar minério em Trás-os-Montes), no meio do barrocal andaluz.
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