Empréstimos à habitação contratados nos últimos três meses com taxas mais altas
No conjunto dos contratos, a taxa implícita ainda desceu ligeiramente. Euribor continua a subir.
A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação fixou-se em 0,793% em Fevereiro, ligeiramente abaixo dos 0,798% verificados no mês anterior, o que se explica pelo elevado número de contratos a beneficiar das taxas Euribor negativas, um cenário que está a mudar. E essa mudança é visível nos contratos celebrados nos últimos três meses, onde a taxa de juro subiu de 0,684% em Janeiro para 0,739% em Fevereiro, revelam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados esta sexta-feira.
A taxa média dos contratos celebrados nos últimos três meses, que se tinha verificado também em Janeiro, já reflecte alguma subida das taxas Euribor, que se tornou mais acelerada a partir de 24 de Fevereiro, ou seja, depois da escalada da guerra na Ucrânia.
A recuperação de valor da Euribor tem acontecido em todos os prazos utilizados no crédito à habitação, com a de três meses a subir para -0,487%, contra o mínimo de sempre de -0,605, a de seis meses a subir hoje para -0,393%, depois de ter caído até -0,554%, e a 12 meses em -0,207%, bem acima do valor mais baixo de -0,518%.
Considerando a totalidade dos contratos, o valor médio da prestação subiu um euro, para 255 euros. Deste valor, 39 euros (15%) correspondem a pagamento de juros e 216 euros (85%) a capital amortizado. Nos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação subiu 24 euros, para 329 euros.
Os dados do INE mostram ainda que em Fevereiro, o capital médio em dívida para a totalidade dos contratos subiu 192 euros face ao mês anterior, fixando-se em 58.749 euros. Para os contratos celebrados nos últimos 3 meses, o montante médio do capital em dívida foi 121.724 euros, menos 146 euros que em Janeiro.