Charlotte Gainsbourg: “Este é um filme sobre uma rapariga à procura da sua mãe”
Em Jane por Charlotte Charlotte Gainsbourg põe-se no papel de realizadora e filma a mãe, Jane Birkin. Olhar sobre a mãe, a dinâmica não exclui nenhum dos termos — é um filme também sobre a filha. Sessões promovidas pela associação Zero em Comportamento, num circuito fora do habitual. Entre 11 e 24 de Março
“Jane por Charlotte é o primeiro filme em que Charlotte Gainsbourg se põe no papel de realizadora. Filma a mãe, Jane Birkin, que já fora retratada em filme nos anos 80, por Agnès Varda, num título — Jane B. par Agnès V. — que o do filme de Charlotte não deixa de assinalar. Até porque o “por Charlotte” é, aqui, decisivo: trata-se do retrato de uma relação pessoal, o olhar de uma filha sobre uma mãe, numa dinâmica que não exclui nenhum dos termos — por isso a reacção de Jane ao ver o filme, como nos conta Charlotte em conversa telefónica, foi dizer-lhe “isto também é um filme sobre ti”. É um filme sobre as duas, mas também é um filme sobre ausentes — a irmã mais velha, Kate Barry, filha do primeiro casamento de Jane com o compositor John Barry, que morreu em 2013, ou o pai cujo nome Charlotte transporta, Serge Gainsbourg — enquanto uma mãe e uma filha intensificam a sua presença, superam distâncias e reservas, “pelo tempo mágico de uma rodagem”.
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