Rui Costa garante que Benfica nunca ganhou com ajudas

Apesar de apontar o dedo a interferências externas em torno do clube, o presidente explicou os fracos resultados com a dificuldade de implementar uma nova liderança tantos anos depois.

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Rui Costa, presidente do Benfica LUSA/MIGUEL A. LOPES

Rui Costa, presidente do Benfica, recusa que alguma vez o clube tenha ganho competições com ajudas externas, algo que decorre das recentes investigações que envolvem os “encarnados”. Neste sábado, na cerimónia de entrega de emblemas de antiguidade aos sócios, o dirigente foi claro: “O que o Benfica conquistou, conquistou por mérito próprio”.

“Este foi um ano atípico. Um ano em que atravessámos profundas mudanças internas, mas também fomos alvo de grandes interferências externas. Temos assistido ao longo das últimas semanas a uma erosão sem precedentes da reputação e da honra do Benfica. Estamos há seis anos a ser enredados numa devassa pública do Benfica. Mas quero deixar aqui muito claro perante todos: o que o Benfica conquistou fê-lo por mérito próprio. O Benfica quando ganhou foi sempre porque foi melhor. Que não reste qualquer dúvida”, detalhou.

Apesar de apontar o dedo às interferências externas, o presidente do clube lisboeta assumiu, ainda assim, toda a responsabilidade pela fraca temporada desportiva. “Sou o primeiro a assumir a responsabilidade de não estarmos onde gostaríamos de estar. Porque a exigência mínima no Benfica é vencer, gostaria que hoje pudéssemos viver este momento em circunstâncias desportivas diferentes. Percebo a vossa frustração porque ela não é diferente da minha. Antes de ser presidente, director ou jogador, já vivia o nosso clube da mesma forma que vocês vivem: com intensidade, amor e uma vontade enorme de vencer sempre”, frisou.

Explicações? O dirigente aponta que é preciso tempo para uma nova liderança. “Estive desde o início consciente de que esta temporada representaria um desafio enorme. Tudo apontava para aí. Passados vinte anos, o Benfica mudou de liderança. E, naturalmente, essa mudança traz consigo a necessidade de algo que num clube como o nosso nem sempre é fácil se pedir e de se ter: tempo. Tempo para reorganizar o clube à imagem da nova liderança, tempo para implementar ideias diferentes, tempo para alcançar a estabilidade que ambicionamos”.

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