Guerra na Ucrânia. Portugal tem 1000 militares prontos a enviar em cinco dias
A decisão deverá ser tomada esta tarde na reunião extraordinária do Conselho Superior de Defesa Nacional (CSDN) pedida pelo primeiro-ministro ao Presidente da República.
Ascende a mais de mil os efectivos que Portugal poderá mandar no âmbito da Aliança Atlântica para países da NATO com fronteiras com a Ucrânia. Será ao princípio desta tarde na reunião extraordinária do Conselho Superior de Defesa Nacional (CSDN) que a questão ficará decidia bem como os países onde as tropas serão colocadas ou os seus cenários de actuação.
A Polónia é uma das possibilidades, numa questão que tem sido trabalhada nas últimas semanas com a NATO e as autoridades portuguesas. A reunião desta tarde do CSDN, na maioria presidencial, apenas os representantes dos Açores e da Madeira participam por vídeo conferência.
Aos 619 militares da Brigada Mecanizada no âmbito das Força de Reacção Rápida da NATO, juntam-se elementos da Armada para desminagem, cerca de uma dezena, seis tripulações de F16, que envolvem 82 militares, o pessoal de apoio ao avião P3-Orion de detecção anti submarina e entre 150 a 200 marinheiros da Fragata Corte Real..
As tropas portuguesas estarão no terreno ao abrigo da NATO Response Force, sob comando do comandante supremo das forças aliadas na Europa, no âmbito de uma força conjunta multinacional de elevada prontidão, de cinco dias para assegurar uma resposta militar rápida a uma crise emergente.
De acordo com as missões das Forças Nacionais Destacadas (FND) para 2022, aprovada pelo CSDN, as tropas portugueses tinham prevista a sua participação na Tailored Forward Presence na Roménia, que desenvolve exercícios. Esta presença, numa missão prevista para três meses, envolveria efectivos de 174 militares de uma Companhia de Atiradores Mecanizada e 17 viaturas tácticas, mas entretanto foi adiada, dada a situação de crise na fronteira entre a Ucrânia e a Rússia.
Já em Setembro de 2021, Portugal participou na Tailored Forward Presence , com 90 homens e uma companhia de atiradores mecanizada, que integram a Brigada Multinacional Sudeste da NATO, sediada em Craiova, na Roménia.
Já na semana o Governo português reforçou a delegação diplomática de Lisboa com o envio de três militares para Kiev que estão a contactar, através dos serviços consulares e da embaixada, os 240 residentes nacionais naquele país com vista a um possível repatriamento.