Eurostat confirma inflação recorde de 5,1% na zona euro em Janeiro

Portugal registou a segunda taxa mais baixa entre os Estados-membros da União Europeia, com 3,4%, cabendo a mais alta à Lituânia, com 12,3%.

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Tendência de subida de preços mantém-se desde o segundo semestre de 2021 Reuters/MICHELE TANTUSSI

A taxa de inflação homóloga da zona euro alcançou um novo máximo de 5,1% em Janeiro, confirmou esta quarta-feira o Eurostat, com Portugal a registar a segunda mais baixa (3,4%) entre os Estados-membros da União Europeia.

O gabinete oficial de estatísticas da UE confirma assim a estimativa rápida divulgada no início do mês, que já apontava para um valor recorde da taxa de inflação no espaço da moeda única em Janeiro, de 5,1%, o mais elevado desde o início da série, em 1997, e que contrasta com a taxa de 0,9% registada um ano antes, em Janeiro de 2021, e 5,0% de Dezembro do ano passado.

Já no conjunto dos 27 Estados-membros da União, a taxa de inflação homóloga de 5,6% no primeiro mês do ano é também um novo máximo, que compara com os 1,2% observados um ano antes, e 5,3% em Dezembro de 2021.

O Eurostat aponta que as taxas anuais mais baixas em Janeiro foram observadas em França (3,3%), Portugal (3,4%) e Suécia (3,9%), enquanto as mais elevadas foram registadas na Lituânia (12,3%), Estónia (11,0%) e República Checa (8,8%).

A tendência de subida de preços mantém-se desde o segundo semestre de 2021, impulsionados pelo sector da energia, onde a taxa de inflação subiu 2,80 pontos percentuais em Janeiro.

Nas suas previsões macroeconómicas de inverno, publicadas em 10 de Fevereiro passado, a Comissão Europeia reviu em alta de 0,6 pontos percentuais a taxa de inflação para Portugal para 2,3% este ano, mas abaixo dos 3,5% previstos para a zona euro.

Segundo as previsões intercalares de inverno, a taxa de inflação em Portugal deverá subir de 0,9% em 2021 para 2,3% este ano, antes de moderar para 1,3%.

Estes dados comparam com as previsões para a zona euro, com o executivo comunitário a projectar um pico de 3,5% este ano, recuando para 1,7% em 2023.