O disco em que os Linda Martini souberam perder-se

Errôr é um álbum que assume não poder fugir aos tempos de pandemia e por ela se deixa atravessar sem pudor. É também o disco em que o grupo abre a sua sonoridade e se perde com prazer. Agora, nos concertos de apresentação, já não serão os quatro do costume.

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Ana Viotti�

E eis que, a pouco mais de uma semana do lançamento do sexto álbum da banda, os Linda Martini anunciaram há dias a saída de Pedro Geraldes, passando de quarteto a trio. A sensação de perda não é nova na vida do grupo. Em 2008, tocaram pela última vez com Sérgio Lemos, antes de seguirem viagem sem um dos membros fundadores, separação que os levou a passar cada vez mais longe do apeadeiro pós-rock inicial. Mas ainda em tempos recentes, contam ao Ípsilon, quando André Henriques, Cláudia Guerreiro e Hélio Morais subiam a um palco ou entravam na carrinha a caminho de um concerto, olhavam em volta e estranhavam a ausência de Sérgio, como se a sua partida tivesse deixado sempre um espaço vazio no seu lugar. Agora, sem Geraldes, com quem partilharam mais de 20 anos de banda, a dor fantasma será seguramente mais prolongada e complicada de superar.

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