Leonor Espinosa põe na mesa a Colômbia dos bosques de névoa, dos desertos e das selvas

É um projecto artístico e político, o da chef colombiana Leonor Espinosa. Os ingredientes que usa no seu restaurante Leo, em Bogotá, vêm de comunidades esquecidas, muitas vezes ignoradas, e falam-nos de uma luta pela sobrevivência, mas também de um dos países mais biodiversos do planeta, e da magia que existe em todo o saber indígena.

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É meia-noite e no mercado de Samper Mendoza, em Bogotá, a azáfama está prestes a começar. Alguns dos vendedores deitaram-se em cima dos montes de ervas frescas e dormem a sono solto, enrolados nos seus ponchos, chapéus enfiados até às orelhas. Outros reúnem-se numa roda e jogam guayabita, atirando notas ao chão e fazendo apostas enquanto os dados rolam. Os cheiros das ervas são muitos e misturam-se no ar.

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