A ausência de limites no “teatro do contraterrorismo” nos EUA do pós-11 de Setembro

Na Sombra do 11 de Setembro ou a história “inacreditável” de sete jovens de um bairro pobre que acabam acusados de terrorismo sem nunca terem ponderado um acto violento antes de se cruzarem com um informador do FBI.

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“Queria contar esta história em tanto detalhe por ser realmente inacreditável", diz Dan Reed

“Narseal Baptiste entra numa loja de conveniência e começa a dizer disparates.” É este o início de uma história rocambolesca que vai envolver juramentos de lealdade à Al-Qaeda, acusações de terrorismo, três julgamentos, duas deportações para o Haiti e cinco condenações a penas entre os sete e os 13 anos e meio de cadeia. Este é o caso esquecido dos “Sete de Liberty City”, como ficaram conhecidos os jovens deste bairro negro e pobre de Miami presos em 2006. “Deixados sem controlo, estes terroristas locais podem vir a ser tão perigosos como a Al-Qaeda”, disse sobre eles o então attorney general (misto de ministro da Justiça e procurador-geral), Alberto Gonzales.

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