O português Eduardo Freitas vai desempenhar, de forma alternada com o alemão Niels Wittich, o cargo de director de corrida no Mundial de Fórmula 1, substituindo o australiano Michael Masi, anunciou nesta quinta-feira a Federação Internacional do Automóvel (FIA).

Masi foi afastado na sequência das decisões controversas tomadas no Grande Prémio de Abu Dhabi, derradeira prova do Mundial de 2021, em especial a de relançar a corrida na última volta - que estava a decorrer com a presença do “safety car” -, permitindo ao piloto neerlandês Max Verstappen (Red Bull) ultrapassar o britânico Lewis Hamilton (Mercedes) e conquistar o título mundial.

“Niels Wittich e Eduardo Freitas vão actuar, de forma alternada, como director de corrida, assistidos por Herbie Blash, na qualidade de conselheiro principal permanente”, anunciou o presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, revelando que Masi vai manter-se no organismo, a desempenhar outras funções, sem especificar quais.

Eduardo Freitas, que tem vasta experiência como director de corrida no Mundial de resistência, vai ser promovido à categoria-rainha do desporto automóvel, na qual Masi esteve apenas dois anos como director de corrida, depois de ter substituído Charlie Whiting, na sequência da morte do britânico, em 2019.

O presidente da FIA informou também que será criada “uma sala de controlo remota”, instalada fora dos circuitos em que decorrerem as provas, “à semelhança do que sucede no futebol, com o VAR [videoárbitro]”, em contacto com o director de corrida em tempo real, com o objectivo de “ajudar à aplicação dos regulamentos”.

“As comunicações directas de rádio durante as corridas [entre o director de prova e os responsáveis das escuderias de F1], que actualmente são transmitidas em directo na televisão, vão ser suprimidas, a fim de proteger o director de corrida de qualquer pressão”, acrescentou.