Agora que Rússia e Estados Unidos fazem braço de ferro à volta da Ucrânia, um filme como Kitoboy também faz figura de lembrete geográfico: entre um país e o outro, se ligarmos as pontas do mapa-mundi, são, como diz uma personagem, “cinco horas de barco”... O filme de Philipp Yuriev situa-se justamente aí, no extremo oriental do território russo, na região desolada de Chuchotka, a terra-irmã do Alaska separada dele pelo Estreito de Bering. Que, sendo “estreito”, é profundamente permeável, embora em sentido único, ao extravasar da cultura americana.
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