Ataque cibernético contra o Ministério da Defesa ucraniano e dois bancos

Centro de cibersegurança ucraniano não acusa directamente a Rússia, mas dá a entender que o dedo de Moscovo está por trás do ataque.

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Militares ucranianos recebem apoio lituano VALENTYN OGIRENKO/Reuters

O centro de cibersegurança ucraniano afirmou esta terça-feira que os sites do Ministério da Defesa e dos bancos Privatbank e Oshadbank foram alvo de um ataque cibernético, segundo a agência Reuters.

O Centro de Comunicações Estratégicas e Segurança de Informação da Ucrânia, que está sob a alçada do Ministério da Cultura, não acusa ninguém pelos ataques, mas o seu comunicado dá a entender que a Rússia pode estar por trás da acção.

“Não se põe de parte que o agressor use tácticas ou pequenos truques sujos, porque os seus planos agressivos em grande escala não estão a funcionar”, no que é uma referência clara ao clima de tensão na fronteira com a Rússia, desde que Moscovo aí colocou 100 mil soldados.

Os ataques foram do tipo DDoS, que tem como objectivo sobrecarregar um determinado servidor ou computador com pedidos de acesso, excedendo a sua capacidade de resposta, levando a que o site fique indisponível. O site do Ministério da Defesa continuava indisponível ao fim de umas horas, mas os dois bancos recomeçaram, entretanto, o seu funcionamento normal, segundo a emissora americana CNN, citando o centro de cibersegurança da Ucrânia.

O Oshadbank confirmou que foi alvo de um ataque informático, que levou a que alguns dos seus sistemas estivessem a funcionar de modo mais lento, segundo a Reuters. O Privatbank disse que o ataque resultou em dificuldades com a utilização de uma app do banco. Alguns utilizadores de caixas multibanco relataram dificuldades em levantar dinheiro.

No mês passado, a Ucrânia acusou a Rússia de estar por trás de um ataque informático em larga escala que atingiu vários sites ucranianos, incluindo os do Ministério dos Negócios Estrangeiros, do conselho de ministros, e do conselho de defesa e segurança.

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