A Austrália classificou esta sexta-feira oficialmente os coalas, que habitam em grande parte da costa oriental, como “ameaçados”, com os marsupiais a sofrer com incêndios florestais, limpeza de terrenos, seca e doenças.
O Ministério do Ambiente classificou estas populações de coalas como “ameaçadas” para lhes dar um nível de protecção mais elevado em Nova Gales do Sul, no Território da Capital Australiana e em Queensland.
De acordo com os conservacionistas, a população de coalas entrou em colapso em grande parte do leste da Austrália nos últimos 20 anos e o animal está à beira da extinção nestas áreas.
Embora tenham saudado o anúncio oficial, os conservacionistas condenaram também o fracasso das autoridades em proteger a espécie até à data. O coala, um símbolo em todo o mundo do ecossistema único da Austrália, foi listado como “vulnerável” na costa oriental há uma década.
“Estamos a tomar medidas sem precedentes para proteger o coala”, adiantou o Ministério, apontando a recente promessa do Governo australiano de investir 31 milhões de euros para proteger e restaurar o habitat dos coalas.
Estes marsupiais passaram do estatuto de “vulnerável a ameaçado” no espaço de uma década, “um declínio chocantemente rápido”, lamentou Stuart Blanch, conservacionista na WWF-Austrália.
“A decisão de hoje é bem-vinda, mas não impedirá os coalas de deslizar para a extinção a menos que seja acompanhada por leis mais fortes e incentivos aos proprietários de terras para protegerem o habitat florestal”, acrescentou.
O Comité Científico das Espécies Ameaçadas, uma agência governamental australiana independente, estimou que a população de coalas caiu de 185 mil em 2001 para 92 mil no ano passado.