Sites da Cofina voltam a ficar acessíveis. PJ investiga eventual ataque informático
Polícia Judiciária está a investigar eventual ataque informático ao grupo Cofina. Empresa fala de “problemas técnicos”. Grupo que atacou o Expresso e SIC fez publicação no Telegram sobre o incidente, mas ainda não confirmou oficialmente a autoria de um ataque.
Os sites de todos os órgãos de informação do grupo Cofina estiveram na manhã deste domingo indisponíveis, mas voltaram ao início da tarde. Entre as plataformas afectadas estiveram o Correio da Manhã, a revista Sábado, o Jornal de Negócios, o diário desportivo Record e a CMTV.
O anúncio de problemas com os sites foi feito esta madrugada: às 0h38, o Correio da Manhã confirmava na página de Twitter “motivos técnicos” para a indisponibilidade da plataforma. Na página da revista Sábado também foi deixado o mesmo alerta. Em comunicado, a Cofina diz que está a trabalhar com as autoridades para apurar a origem do problema.
Poucos minutos após a falha, no grupo de Telegram dos Lapsus$, os hackers que atacaram o Expresso e o restante grupo Impresa, foi destacada a publicação feita pelo Correio da Manhã. Não houve ainda, contudo, reivindicação oficial de um alegado ataque informático à Cofina.
A Polícia Judiciária (PJ) está a investigar este “eventual ataque informático”, acrescentou ao início da tarde à agência Lusa fonte daquela polícia. Segundo a mesma fonte, a Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T) da PJ está já a investigar o sucedido e a “avaliar os indicadores” que podem levar aos autores do ataque. De momento, revelou a fonte, ainda “não está comprovado” que o ataque informático tenha sido causado pela organização Lapsus$,
A fonte da PJ reconheceu que a cibercriminalidade tem aumentado de forma exponencial e apelou à adopção de medidas de segurança informáticas, incluindo medidas de redundância informática e utilização interna de credenciais e passwords para evitar este e outros tipos de ataque.
O Lapsus$ atacou o grupo Impresa em Janeiro, obrigando Expresso e SIC, entre outros, a publicarem notícias nas redes sociais durante vários dias. Os órgãos de informação tiveram mesmo de desenhar novos sites após o ataque informático, visto que os originais ficaram completamente inacessíveis, não estando ainda reposta toda a normalidade. Os arquivos foram outra das funcionalidades afectadas, num ataque que causou preocupação relativamente à segurança dos dados bancários dos assinantes do semanário. A Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD) abriu um processo de averiguações ao caso.