Pequim 2022: tudo menos desporto
Os Jogos Olímpicos de Inverno arrancam oficialmente nesta sexta-feira. Com boicotes diplomáticos, covid, acusações de violação de direitos humanos por parte do governo chinês e neve artificial, tudo o que seja competição ficou em segundo plano.
Muito antes da pandemia da covid-19 que envolveu o mundo nos últimos dois anos, ninguém queria organizar os Jogos Olímpicos de Inverno em 2022. Em 2013, começaram por ser seis candidatos, mas, aos poucos, esse número foi sendo reduzido. Estocolmo (Suécia) e Cracóvia (Polónia) retiraram-se porque fizeram referendos em que a vontade popular foi contra a organização do evento. Lviv (Ucrânia) retirou-se porque havia instabilidade no país (nada mudou) e Oslo (Noruega) não tinha nem o apoio popular, nem o apoio do Governo. A China não enfrentava esse problema e, na votação final, a candidatura de Pequim bateu a de Almaty (Cazaquistão) por quatro votos, tornando-se na primeira cidade a receber os Jogos de ambas as estações. Oito anos depois, chegamos ao dia da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2022 e o desporto não está em primeiro plano. Nem no segundo ou no terceiro.
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