Nélson Veríssimo: “Há situações em que a bola acaba por queimar”
Treinador do Benfica assume responsabilidades pelo mau momento do Benfica. Rui Costa foi ao balneário logo no final do jogo.
As primeiras palavras de Nélson Veríssimo na sala de imprensa do Estádio da Luz, após a derrota frente ao Gil Vicente (1-2), serviram para justificar a ausência da flash interview, momentos antes. Motivo? Esteve reunido com a equipa e o presidente do Benfica no balneário. O teor da conversa? “Fica entre as quatro paredes”, limitou-se a dizer.
Rui Costa terá mostrado desagrado com a exibição e o resultado (mais um) decepcionantes - “Temos de ouvir, aceitar e dar uma resposta”, acrescentou Veríssimo -, algo que será transversal a toda a equipa, a julgar pela análise feita pelo treinador.
“Não estivemos bem, perdemos em nossa casa e é o que fica. Não quero estar a escudar-me nas oportunidades que tivemos para fazer golo. A equipa não esteve ao nível que era esperado. A nossa equipa tem qualidade e capacidade para fazer muito mais e a responsabilidade por essa falta de dinâmica e de controlo do jogo é minha”, assinalou.
Apesar deste exercício de mea culpa, Veríssimo apontou depois baterias à arbitragem. “É difícil explicar porque é que aos 5 ou 6 minutos é anulado um golo. Para que é que existe o VAR? Na minha opinião, há um golo limpo anulado aos 6 minutos que daria outra tranquilidade à equipa. Há que deixar correr o lance até final e depois então analisa-se. É difícil entender isso e causa alguma revolta e até intranquilidade aos jogadores”.
Sem adiantar uma explicação muito profunda sobre o momento que a equipa atravessa, o técnico acabou por assumir que os jogadores estão a acusar a intranquilidade. “Compreendemos e aceitamos a insatisfação dos sócios. Temos de reconhecer que não estamos num momento bom e temos de ter a capacidade para dar a volta. Sentimos que há margem para crescer. Eu também já andei lá dentro e há situações, por os resultados não aparecerem, em que a bola acaba por queimar. Essa tranquilidade vai chegar com os resultados positivos”.
O momento é delicado, mas o treinador assegura que vai continuar a trabalhar com o mesmo entusiasmo e a mesma convicção para dar a volta ao texto. “Estou tranquilo. Nunca fui de virar a cara à luta e estamos aqui para as próximas batalhas”.