Nélson Veríssimo: “Há situações em que a bola acaba por queimar”

Treinador do Benfica assume responsabilidades pelo mau momento do Benfica. Rui Costa foi ao balneário logo no final do jogo.

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EPA/ANTONIO COTRIM

As primeiras palavras de Nélson Veríssimo na sala de imprensa do Estádio da Luz, após a derrota frente ao Gil Vicente (1-2), serviram para justificar a ausência da flash interview, momentos antes. Motivo? Esteve reunido com a equipa e o presidente do Benfica no balneário. O teor da conversa? “Fica entre as quatro paredes”, limitou-se a dizer.

Rui Costa terá mostrado desagrado com a exibição e o resultado (mais um) decepcionantes - “Temos de ouvir, aceitar e dar uma resposta”, acrescentou Veríssimo -, algo que será transversal a toda a equipa, a julgar pela análise feita pelo treinador.

“Não estivemos bem, perdemos em nossa casa e é o que fica. Não quero estar a escudar-me nas oportunidades que tivemos para fazer golo. A equipa não esteve ao nível que era esperado. A nossa equipa tem qualidade e capacidade para fazer muito mais e a responsabilidade por essa falta de dinâmica e de controlo do jogo é minha”, assinalou.

Apesar deste exercício de mea culpa, Veríssimo apontou depois baterias à arbitragem. “É difícil explicar porque é que aos 5 ou 6 minutos é anulado um golo. Para que é que existe o VAR? Na minha opinião, há um golo limpo anulado aos 6 minutos que daria outra tranquilidade à equipa. Há que deixar correr o lance até final e depois então analisa-se. É difícil entender isso e causa alguma revolta e até intranquilidade aos jogadores”.

Sem adiantar uma explicação muito profunda sobre o momento que a equipa atravessa, o técnico acabou por assumir que os jogadores estão a acusar a intranquilidade. “Compreendemos e aceitamos a insatisfação dos sócios. Temos de reconhecer que não estamos num momento bom e temos de ter a capacidade para dar a volta. Sentimos que há margem para crescer. Eu também já andei lá dentro e há situações, por os resultados não aparecerem, em que a bola acaba por queimar. Essa tranquilidade vai chegar com os resultados positivos”.

O momento é delicado, mas o treinador assegura que vai continuar a trabalhar com o mesmo entusiasmo e a mesma convicção para dar a volta ao texto. “Estou tranquilo. Nunca fui de virar a cara à luta e estamos aqui para as próximas batalhas”.

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