Raposa presa com “laço” ilegal de caça é resgatada em Vila Real

O Núcleo de Protecção Ambiental de Vila Real encontrou o animal selvagem a tentar libertar-se de um cabo de aço à volta do pescoço. Método de caça, conhecido como “laço”, é ilegal e fere cães e lobos.

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GNR

A raposa tentava libertar-se do cabo de aço à volta do pescoço quando os elementos do Núcleo de Protecção Ambiental de Vila Real a encontraram e resgataram. O animal selvagem foi transportado para o Centro de Recuperação de Animais Selvagens do Hospital Veterinário da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e espera-se que seja libertado em breve.

Os elementos da GNR encontraram a raposa após uma denúncia de situações ilícitas na caça, conta o tenente-coronel Eduardo Lima, ao P3. O cabo de aço que prendia a raposa é usado num método de caça ilegal, conhecido como “laço”, normalmente usado para apanhar javalis. O recurso a esta prática é punível com pena de prisão até seis meses, segundo a Lei da Caça.

O método de caça ilegal “preocupa a GNR” especialmente por ser “um meio não selectivo que causa risco para todos os animais, incluindo as pessoas”. Além da denúncia mais recente da raposa, é frequente os próprios elementos da GNR encontrarem javalis, mas também “cães e até lobos presos”.

Normalmente, uma ponta do fio de aço é atada a uma árvore e na outra é feito um laço, que fica escondido nos sítios por onde passam animais. Quanto mais o animal puxa ao tentar libertar uma pata presa no laço, por exemplo, mais o fio aperta. Mesmo que os javalis feridos consigam fugir, tornam-se presas ainda mais fáceis.

Em Abril de 2021, o PAN fez queixa à GNR depois de relatos de cidadãos que encontraram cães presos nas armadilhas ilegais, em Paredes. Segundo o partido Pessoas Animais Natureza, um desses animais de companhia esteve “cinco semanas em sofrimento, tendo sido mesmo necessária a amputação da pata ferida”.

O Núcleo de Protecção Ambiental recolheu a armadilha e comunicou o que encontrou ao Tribunal Judicial de Vila Real.

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