Grupo que atacou Impresa reivindica novo ataque informático, desta vez à base de dados do Parlamento

Menos de um mês depois do ataque ao Grupo Impresa, o grupo de piratas informáticos Lapsus anunciou ter entrado no site do Parlamento em dia de eleições.

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Os hackers do Lapsus lançaram um ataque informático sem precedentes ao Grupo Imprensa no passado dia 2 de Janeiro Kacper Pempel

O mesmo grupo de hackers que atacou o Grupo Impresa há menos de um mês anunciou neste domingo de eleições ter entrado no site do Parlamento português, e disse ter em sua posse informação sensível do Governo contida na base de dados à qual terá tido acesso.

“Hoje ‘hackeámos’ o site do Parlamento e tivemos acesso a aplicações da Microsoft e a uma grande quantidade de bases de dados que contêm informação sensível do Governo relacionada com informações pessoais de políticos e de partidos políticos, muitos documentos, e-mails, passwords…”, refere o Lapsus Group.

O Expresso, que avançou a notícia, diz que o site do Parlamento esteve em baixo durante cinco minutos. Fonte oficial da Polícia Judiciária (PJ) afirmou entretanto ao PÚBLICO que “ainda é muito cedo para confirmar se houve ataque”. “Há uma publicitação de um ataque mas desconhecemos ainda se o ataque ocorreu e, se ocorreu, qual é a sua extensão e qual a sua modalidade.”

Os ataques podem acontecer “para reter, vender ou destruir informação”, explicou ainda. Será preciso realizar muitas operações para saber ao certo o que aconteceu, acrescentou.

Contactado pela agência Lusa, o director do Gabinete de Comunicação na Assembleia da República, João Amaral, disse que “não existe neste momento qualquer evidência de que o site tenha sido atacado”, mas que o departamento de informática “está a fazer correr todas as ferramentas para averiguar o assunto”.

A ser verídica a informação publicada num fórum relacionado com “dumps” de informações, de acordo com o site Tugaleaks, os autores do ataque conseguiram não só entrar no site parlamento.pt mas também em algumas plataformas Microsoft desta entidade.

Ainda segundo o Tugaleaks e o TugaTech, que tiveram acesso à informação publicada nesse fórum, os autores do ataque dizem ter conseguido “extrair bastante informação crítica dos servidores internos” do sistema informático do Parlamento e pedem 15 mil euros, em bitcoins, para a venda de toda a base de dados.

O grupo aponta supostas falhas encontradas, dizendo que o Parlamento “usa tecnologia Microsoft antiga, sem manutenção, com fracas aplicações, má programação e más políticas de segurança”.

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