Vamos dizer isto sem medo. E sem gaguejar: o Mercado Municipal do Livramento, em Setúbal, é o mais rico, o mais diversificado, o mais divertido e o mais saboroso espaço do país. E isso não acontece só porque as pedras de mármore lá do fundo têm uma variedade infinita de espécies de peixes ou porque qualquer cidadão se pode abastecer de tudo o que precisa para uma semana em grande estilo – com peixe, sim, mas também com carnes, vegetais, fruta, mel, vinhos, ostras, pão de lei ou flores. Isso acontece porque existe cumplicidade entre quem vende e quem compra. Há décadas. Quando um vendedor serve netos de antigos clientes – sempre com inúmeras histórias pelo meio –, isso quer dizer muita coisa.
O Mercado do Livramento tem vendedores com histórias intermináveis. Aqui ficam algumas – poucas – só para despertar a curiosidade daqueles que nunca passaram pela praça que, volta não volta, aparece nas páginas de jornais internacionais como uma das mais bonitas do mundo. Eles lá sabem.
A fama que vem de longe
De acordo com Horácio Pena, técnico superior do município de Setúbal, o primeiro espaço daquele que é hoje o Mercado Municipal do Livramento “foi inaugurado a 31 de Julho de 1876, dia do aniversário do juramento da Carta Constitucional, na praia do Livramento, junto ao leito do ribeiro do mesmo nome e que, então, corria a céu aberto”.
O mercado original media 80 metros de comprido por 52 de largura (4160 metros quadrados) e tinha 44 mesas (24 em pedra para peixe e 20 em madeira para hortaliças)
O primeiro relógio que faz parte da fachada do Mercado do Livramento foi colocado em 1913 e “dava horas e meias horas”.
Com o tempo, o mercado tornou-se pequeno, razão que levou à construção, em 1927, de um novo mercado no mesmo local.
Com três frentes e três grandes hangares, o novo mercado, inaugurado em 1930, cresceu para 364 mesas de hortaliças e outros produtos agrícolas e 106 mesas para a venda de peixe.
É nesta altura que surgem os famosos painéis de azulejos alusivos às actividades agrícolas e piscatórias, da autoria de José António Jorge Pinto e Pedro Jorge Pinto.
As obras de fundo mais recentes datam de 2010, adaptando-o às exigências em matéria de higiene e segurança alimentar. Em 2012, a parede que suportava o longo painel de azulejos desmoronou-se, causando a morte a cinco operários.
Com a reconstrução do espaço (painel de azulejos incluído) instalaram-se quatro estátuas alusivas ao universo alimentar, da autoria de Augusto Cid.
Hoje, segundo Horácio Pena, o Mercado do Livramento terá 70 comerciantes de peixe, entre cerca de 350 vendedores no total, e ocupa uma área de perto de 7 mil metros quadrados.
De acordo com Horácio Pena, técnico superior do município de Setúbal, o primeiro espaço daquele que é hoje o Mercado Municipal do Livramento “foi inaugurado a 31 de Julho de 1876, dia do aniversário do juramento da Carta Constitucional, na praia do Livramento, junto ao leito do ribeiro do mesmo nome e que, então, corria a céu aberto”.
O mercado original media 80 metros de comprido por 52 de largura (4160 metros quadrados) e tinha 44 mesas (24 em pedra para peixe e 20 em madeira para hortaliças)
O primeiro relógio que faz parte da fachada do Mercado do Livramento foi colocado em 1913 e “dava horas e meias horas”.
Com o tempo, o mercado tornou-se pequeno, razão que levou à construção, em 1927, de um novo mercado no mesmo local.
Com três frentes e três grandes hangares, o novo mercado, inaugurado em 1930, cresceu para 364 mesas de hortaliças e outros produtos agrícolas e 106 mesas para a venda de peixe.
É nesta altura que surgem os famosos painéis de azulejos alusivos às actividades agrícolas e piscatórias, da autoria de José António Jorge Pinto e Pedro Jorge Pinto.
As obras de fundo mais recentes datam de 2010, adaptando-o às exigências em matéria de higiene e segurança alimentar. Em 2012, a parede que suportava o longo painel de azulejos desmoronou-se, causando a morte a cinco operários.
Com a reconstrução do espaço (painel de azulejos incluído) instalaram-se quatro estátuas alusivas ao universo alimentar, da autoria de Augusto Cid.
Hoje, segundo Horácio Pena, o Mercado do Livramento terá 70 comerciantes de peixe, entre cerca de 350 vendedores no total, e ocupa uma área de perto de 7 mil metros quadrados.