As mãos moles e a grande encenação: Jerónimo cola PS ao PSD
Antes de rumar ao Norte, a CDU passou o dia num terreno onde tem força: começou no Barreiro e acabou no Seixal, a falar sobre PS e PSD, que “são parecidos em muita coisa”. Pelo meio, passou pela clássica descida do Chiado, apelar a que “nenhum democrata fique em casa”.
No Seixal Jerónimo de Sousa ia a meio do discurso. Os apoiantes instalados nas cadeiras espaçadas do pavilhão desportivo Leonel Fernandes, no Seixal, uma terra grande implantação comunista, recebiam o líder do PCP para fechar o penúltimo dia de campanha. Enquanto falava sobre a fuga ao fisco e transferências para offshore do grande capital, o secretário-geral do partido desvia-se do discurso escrito e, de improviso, faz uma ponte com a negociação para a implementação de medidas da CDU: “Muitas vezes, para arrancar os 10 euros de aumento extraordinário das pensões, aquilo endurecia, tendo em conta a resistência do PS e também do PSD... Os mesmos são tão mãos moles, tão mãos largas para esse capital financeiro que continua que continua a andar à larga sem qualquer pressão, repressão e até prisão daqueles que não cumprem com as suas obrigações”.
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