Directores e farmácias estão a agendar testagem dos alunos
Acordo entre a ANDAEP e a ANF garante a realização de testes por todos os alunos do ensino público, do pré-escolar ao 12.º ano.
Muitos directores de escolas e responsáveis das farmácias já estiveram em contacto nesta terça-feira para agendar a testagem dos alunos, que deverá entrar em “velocidade de cruzeiro” a partir da próxima segunda-feira, indicou ao PÚBLICO o presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos de Escolas Públicas (ANDAEP), Filinto Lima.
A realização de testes à covid-19 a todos os alunos do ensino público, pré-escolar ao 12.º ano, vai ser posta em prática no âmbito de um protocolo assinado entre a ANDAEP e a Associação Nacional de Farmácias (ANF), cujo teor foi divulgado nesta terça-feira aos directores escolares e estabelecimentos farmacêuticos. A operação vai prolongar-se por todo o 2.º período.
O programa organizado pelas duas entidades prevê que o serviço de testagem seja articulado localmente entre cada escola e as farmácias, ou farmácia de proximidade, podendo os testes ser realizados nas instalações da farmácia ou da escola, desde que garantidos os requisitos necessários. Será cada director que decidirá agora qual a ordem em que se processarão os testes por ano de escolaridade e a sua periodicidade.
É um programa de “custo zero” tanto para os alunos, como paras as escolas, uma vez que serão utilizados os quatro testes a que cada utente tem direito por mês, de forma gratuita, explica Filinto Lima. A iniciativa surgiu depois de a Direcção-Geral de Saúde ter deixado os alunos de fora na campanha de testagem que está a promover entre professores e pessoal não docente. A DGS ainda não esclareceu quais as razões que levaram a esta opção.
Reagindo a esta decisão, o ministro da Educação lembrou precisamente que existem “quatro testes gratuitos nas farmácias locais, um pouco por todo o país. E dessa articulação podem também os pais, as escolas e as autarquias fazerem parcerias com as farmácias, para aumentarem a testagem”.
Foi o que fizeram a ANDAEP e a ANF. Em declarações citadas na nota sobre o arranque da testagem entre os alunos, a presidente da ANF, Ema Paulino, especificou que se “trata de um programa flexível, porque será ajustável à realidade de cada localidade e concelho”, referiu a presidente da ANF para quem os contributos que as farmácias aportam a este programa são «a capilaridade da rede de farmácias em todo o país, a forte ligação dos farmacêuticos com as comunidades locais e a experiência acumulada na testagem COVID-19”.