Nacional 103, atracção e “património” comum, na rota das estradas turísticas

Doze municípios e o Turismo do Porto e Norte juntam forças para tornar a N103 uma atracção turística em si. A estrada estende-se por 274 quilómetros e atravessa o Norte.

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Pelo Parque Natural de Montesinho, um dos organismos aderentes ao projecto da Nacional 103 Hugo Santos / Publico

A Nacional 103, que liga Viana do Castelo a Bragança, prepara-se para entrar na rota das estradas turistas do Norte de Portugal, no âmbito de um projecto que juntou esta terça-feira autarcas e entidade regional do Turismo.

O primeiro passo para uma estratégia comum de valorização e promoção desta estrada foi dado numa reunião que decorreu em Bragança e envolveu os 12 municípios atravessados por esta ligação e a Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte.

A região, como avançou o presidente desta entidade, Luís Pedro Martins, “quer colocar no mapa internacional das ‘road trips’ um conjunto de estradas das mais belas do mundo” e nelas está incluída a N103.

“Hoje demos, finalmente, um passo muito importante para a estruturação e futura promoção da N103”, acrescentou, referindo-se à reunião onde esteve presente com os representantes dos 12 municípios servidos por esta estrada.

A N103 estende-se por de 274 quilómetros, e atravessa o Norte de Portugal, a partir do litoral minhoto, na localidade de Neiva, em Viana do Castelo, até à cidade de Bragança, passando por Barcelos, Boticas, Braga, Chaves, Esposende, Montalegre, Póvoa de Lanhoso, Valpaços, Viana do Castelo, Vieira do Minho e Vinhais.

“Doze municípios, uma região de turismo, duas áreas protegidas e cinco Comunidades Intermunicipais (CIM) com um “património” comum: a Estrada Nacional 103 (N103)” é o resumo que os promotores fazem deste projecto.

Quem viaja nesta estrada atravessa territórios como o Parque Nacional da Peneda-Gerês, o Parque Natural de Montesinho, Reservas da Biosfera Transfronteiriças e a Barragem dos Pisões.

Os promotores do projecto salientam que o território agrega “uma riqueza ímpar ao nível da gastronomia, raças autóctones e produtos endógenos, património histórico, religioso e arqueológico”.

Depois da primeira reunião para articular a estratégia, o próximo passo será fazer o levantamento dos pontos de interesse em cada município para trabalhar em conjunto a promoção, como disse à Lusa o presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias, anfitrião do encontro.

A estratégica, segundo ainda o autarca, será depois candidatada a financiamento do Turismo de Portugal e a seguir começará o trabalho de promoção da rota comum.

“Reconhecemos o potencial turístico da Estrada Nacional 103 e dos territórios que atravessa, pelo que o objectivo comum é dinamizar e promover o vasto património existente, criando riqueza e incentivando o seu usufruto, seja a pé, de mota, de bicicleta ou de carro”, destacou.