Aeroportos tiveram em 2021 menos de metade dos passageiros de 2019
Número de passageiros nos aeroportos nacionais em 2021 chegou aos 24,9 milhões, mais 39% do que em 2020, mas menos 58% quando comparado com 2019. Açores é a região que está mais próxima dos números pré-pandemia, e Faro a que está mais longe.
O último trimestre de 2021 foi de recuperação para a aviação, impulsionando o sector, mas os números ainda estão longe do que se registava antes da pandemia de covid-19. De acordo com os dados disponibilizados esta segunda-feira pela Vinci, dona da ANA, em 2021 passaram pelos aeroportos portugueses 24,9 milhões de passageiros, um número que fica 39% acima de 2020 (quando caiu para 18 milhões) mas que está ainda 58% abaixo de 2019 (com um número recorde de 59,1 milhões).
No quarto trimestre, diz a Vinci, o tráfego aeroportuário em Portugal ficou a um nível equivalente a 73% do mesmo período de 2019, o que representa uma subida de quase 19 pontos percentuais face ao que se verificou no trimestre anterior. O destaque vai para os meses de Outubro e de Novembro, com as rotas para grandes cidades europeias a registar uma forte subida, tendo depois registado uma desaceleração no final do ano “devido à quinta vaga da pandemia”.
Os Açores foram a região que mais recuperou face a 2019, com os seus 1,6 milhões de passageiros a representarem uma queda 34%, seguindo-se a Madeira (-40%, chegando aos dois milhões de passageiros), Porto (-55%, com 5,8 milhões de passageiros), Lisboa (-61%, com 12,1 milhões) e Faro (-64%, com 3,3 milhões).
De acordo com os dados mais recentes do INE, no passado mês de Outubro passaram pelos aeroportos portugueses 3,98 milhões de passageiros, o que representou o valor mais alto desde o início da pandemia de covid-19.
Olhando para os dados do INE a dez meses, verifica-se que França foi o principal país de origem e de destino dos voos, com uma subida de 13,2% no número de passageiros desembarcados, chegando aos 1,47 milhões, seguida pelo Reino Unido (um milhão), Alemanha (790,9 mil), Espanha (665,2 mil) e Suíça (518,2 mil).
Ao todo, a rede de infra-estruturas aeroportuárias geridas pela Vinci em todo o mundo contou com perto de 86 milhões de passageiros, mais 12% do que em 2020 e menos 66% quando comparado com 2019.
A empresa francesa destaca que, no final do ano passado, apesar do maior número de casos devido à variante Ómicron, os governos não impuseram limitações às viagens tão fortes como em 2020, apostando-se em muitos países na elevada taxa de vacinação e no controlo. Assim, diz a Vinci, “a recuperação do tráfego de passageiros continuou a verificar-se no quarto trimestre em quase todos os aeroportos da rede”.