Robert Lewandowski é The Best pela segunda vez

O jogador polaco bateu Lionel Messi e cunhou a diferença entre o prémio da FIFA, que distinguiu Lewandowski, e da France Football, que escolheu Messi. Quem foi, afinal, o melhor jogador do mundo?

futebol,desporto,fifa,messi,cristiano-ronaldo,futebol-internacional,
Fotogaleria
LARS BARON / POOL
futebol,desporto,fifa,messi,cristiano-ronaldo,futebol-internacional,
Fotogaleria
Reuters/CHRISTOPHER PIKE

O mundo é de Robert Lewadowski pela segunda vez. O jogador polaco conquistou nesta segunda-feira o prémio da FIFA para melhor jogador do mundo, o The Best, numa gala virtual a partir de Zurique, na Suíça.

Esta distinção, a segunda consecutiva para o avançado polaco, adensa a discussão sobre quem foi, afinal, o melhor do mundo em 2021. É que Lewandowski leva agora o The Best para casa, mas Lionel Messi levou há algumas semanas a Bola de Ouro. Recorde-se que, em 2016, a Bola de Ouro e o The Best voltaram a ser prémios separados, depois de uma parceria de seis anos que dava um único prémio – FIFA e France Football quiseram voltar a ter o seu pelouro único.

Se houvesse concordância entre o The Best e a Bola de Ouro, a discussão estaria encerrada. Estando separados, o futebol vai continuar a discutir quem foi o melhor do mundo.

Na corrida estavam Mohamed Salah e Lionel Messi, mas a discussão parecia resumir-se ao argentino e ao polaco. No fim de contas era o duelo eterno entre golos e títulos e, desta vez, imperaram os golos. Além de ter conquistado a Taça do Rei e a distinção de “Pichichi” da Liga espanhola, Messi acabou o ano com a Copa América “no bolso”, levando, finalmente, a Argentina a um título continental.

Já Lewandowski tinha a apresentar a conquista da Bundesliga para o plano colectivo do tema e fez valer a força dos golos – e foram muitos. Ter-se-á destacado ainda pela ponta final do ano, na qual Messi, no PSG, não tem tido o impacto que tinha no Barcelona.

Ronaldo de fora

Esta foi a primeira vez em 11 anos que Cristiano Ronaldo não entrou no lote de finalistas. Com os falhanços na Liga italiana, na Liga dos Campeões e no Europeu, nada mais restava a Ronaldo do que sentar-se no sofá e ver os rivais engordarem os registos pessoais de um galardão que o português arrebatou em 2016 e 2017.

No futebol feminino foi Alexia Putellas quem imperou, o que significa que na vertente feminina houve concordância entre a Bola de Ouro e o The Best. A jogadora espanhola, do Barcelona, leva assim os dois prémios para casa, distinções assentes nos títulos na Champions, na Liga espanhola e na Taça da Rainha.

Aos 27 anos, a canhota do Barcelona vive um momento tremendo, já que, depois da temporada de alto nível – foram 26 golos e 14 assistências – começou 2021/22 com 18 golos e 15 assistências em apenas 20 jogos.

Dos restantes prémios destaque para a presença de Rúben Dias e Cristiano Ronaldo no melhor “onze” do ano, ao lado de Donnarumma, Alaba, Bonucci, Jorginho, Kanté, De Bruyne, Messi, Haaland e Lewandowski.

Nota ainda para a derrota de Mehdi Taremi no prémio Puskás. O jogador do FC Porto era um dos três finalistas a melhor golo do ano, com um pontapé de bicicleta na Champions, mas acabou batido por Érik Lamela, com um golo de “rabona” frente ao Arsenal.

A fechar a gala, Cristiano Ronaldo, que esteve em Zurique, recebeu um prémio de mérito pelo recorde de golos por selecções nacionais.

Todos os prémios The Best

- Melhor jogador: Robert Lewandowski (Bayern)
- Melhor jogadora: Alexia Putellas (Barcelona)
- Melhor treinador futebol masculino: Thomas Tüchel (Chelsea)
- Melhor treinador futebol feminino: Emma Hayes (Chelsea)
- Melhor guarda-redes futebol masculino: Edouard Mendy (Chelsea)
- Melhor guarda-redes futebol feminino: Christiane Endler (Lyon)
- Prémio Puskás (melhor golo do ano): Érik Lamela (Tottenham)
- Prémio de Fair-Play da FIFA: médicos, jogadores e staff da Dinamarca pela resposta no colapso de Christian Eriksen no Euro 2021
- Melhor “onze” futebol masculino: Donnarumma, Alaba, Rúben Dias, Bonucci, Jorginho, Kanté, De Bruyne, Messi, Ronaldo, Haaland e Lewandowski.
- Melhor “onze” futebol feminino: Endler, Bronze, Renard, Bright, Eriksson, Banini, Lloyd, Bonansea, Miedema, Marta e Alex Morgan.

Sugerir correcção
Ler 1 comentários