A vertigem dos espíritos e dos humanos pelo Teatro Griot
O tempo tem afirmado a substância da peça do prémio Nobel da Literatura Wole Soyinka , apesar de para muitos e por diferentes razões, incluindo a literária, ser um osso duro de roer.
É por causa de um totem, objecto, ou melhor, em versão simplista, símbolo de clã que este acredita capaz de propriedades mágicas, que a tragédia domina a nova peça do Teatro Griot. Porém, a história do escultor com medo das alturas, a quem o deus Aroni encomenda a empreitada, e que para a completar com os desejados louros acaba matando o seu aprendiz por inveja e desespero, é apenas parte de uma alegoria complexa vinda de passado distante e contexto histórico, político e dramático desconhecido ou ignorado pelos espectadores, que a encenação de Zia Soares procura transpor resguardando a sua universalidade, assim defendendo a sua actualidade.
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