Morreu Ronnie Spector, voz das Ronettes, rainha rebelde dos girl groups

Com Be my baby ou Walking in the rain criou monumentos pop que atravessaram as décadas, intemporais. Líder das Ronettes, teve no produtor Phil Spector, seu primeiro marido, uma bênção, primeiro, e uma terrível maldição, depois. A morte chegou aos 78 anos, de cancro.

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Ronnie Spector fotografada em 1980 Richard E. Aaron/Getty Images
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Em concerto em 2010, quando da sua integração no Rock'n'Roll Hall of Fame Lucas Jackson/Reuters

Quando era adolescente, passava o tempo, aquele que não gastava a ouvir a voz suave de Frankie Lymon de ouvido encostado ao rádio, a olhar pela janela. Lá em baixo, nas ruas do Harlem hispânico, a música de Tito Puente chegava dos apartamentos em redor e o olhar da adolescente concentrava-se nas mulheres cool, assim lhe dizia o olhar, que caminhavam seguras de si, cigarro na mão, olhos pintados de forma sugestiva, ou que se sentavam nos telhados para cantar a música que inundava o bairro, vinda de todo o lado. Quando era adolescente, ela queria ser como aquelas mulheres e queria cantar como o ídolo doo-wop Frankie Lymon. Na sua vida, conseguiria bem mais do que isso.

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