Covid-19: concelhos no patamar mais elevado de incidência passam de 151 para 282. Veja como está o seu

O número de concelhos com uma incidência acima de 2000 casos de covid-19 por 100 mil habitantes passou de oito na semana passada para mais de 120 esta semana. Porto Santo, Câmara de Lobos, Ferreira do Zêzere e Lisboa têm mais de 4000 casos.

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Lisboa tem uma incidência de 4300 casos por 100 mil habitantes, a quarta pior do país Nuno Ferreira Santos

Dos 308 municípios do país, 282 ultrapassaram o patamar mais alto de casos de covid-19 — apenas 26 escapam e muitos destes também estão perto de atingir uma incidência cumulativa a 14 dias superior a 960 casos de infecção por 100 mil habitantes, o patamar mais alto dos sete definidos pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC, na sigla original).

Os dados divulgados esta sexta-feira pela Direcção-Geral da Saúde (DGS) mostram que numa semana o número de concelhos no nível mais elevado de incidência passou de 151 para 282.

No grupo de concelhos com menos casos destacam-se vários nos Açores: Velas, Santa Cruz das Flores, Santa Cruz da Graciosa e Calheta. Velas é o único concelho do país que apresenta uma incidência entre os 60 e os 119,9 casos, o segundo nível mais baixo dos critérios do ECDC.

No lado oposto, no mapa dos concelhos da DGS quase todo pintado a vermelho escuro, sobressaem concelhos que ainda não atingiram os 960 casos de infecção por mil habitantes mas que estão muito perto, como Odemira com 958, São Roque do Pico com 915, ou Aguiar da Beira com 906.

Em relação aos concelhos com uma incidência de infecções acima de 2.000 casos o número passou de oito na semana passada para mais de 120 esta semana. E se na semana passada apenas Porto Santo tinha mais de 4000 casos, esta semana são ao todo quatro concelhos que ultrapassaram esse número: Câmara de Lobos, Ferreira do Zêzere e Lisboa, além de Porto Santo.

Na nota explicativa dos dados por concelhos, divulgados no boletim epidemiológico da DGS, é referido que a incidência cumulativa “corresponde ao quociente entre o número de novos casos confirmados nos 14 dias anteriores ao momento de análise e a população residente estimada”.

O disparar dos números é em grande parte explicado pela emergência da variante Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que foi detectada na África Austral em Novembro, mas que desde então se espalhou por todo o mundo e é já dominante em Portugal.

Em Portugal, desde Março de 2020, morreram 19.071 pessoas e foram contabilizados 1.577.784 casos de infecção, segundo a última actualização da Direcção-Geral da Saúde.