Edição rara de O Incrível Hulk vendida por 433 mil euros
As vendas de edições vintage dos heróis em quadradinhos continuam a bater recordes. Em Dezembro, o site leiloeiro ComicConnect vendeu uma edição de Super-Homem de 1939 por 2,3 milhões de euros.
O papel era de gramagem fina e o super-herói Hulk ainda tinha uma pele acinzentada e não o tom verde com que viria a ser reconhecido pelo mundo inteiro, mas foi esta cópia rara de Incredible Hulk # 1, publicada em 1962, que rendeu ao site de leilões ComicConnect.com 490 mil dólares (cerca de 433 mil euros), desembolsados por um coleccionador particular.
As edições vintage dos heróis em quadradinhos criados por Stan Lee – que esteve também por detrás de outros nomes memoráveis das bandas desenhadas da Marvel, como o Homem-Aranha e os X-Men – continuam a conquistar leitores, e sobretudo coleccionadores. Vincent Zurzolo, do site leiloeiro, afirma que “os valores de primeiras edições de banda desenhada continuam a atingir recordes”, lê-se no ComicConnect.
“São edições que dificilmente chegam ao mercado. Podemos dizer que o seu novo proprietário detém agora um pedaço da história da América. É certamente um marco na sua colecção e um investimento seguro”, acrescentou Zurzolo. Em Dezembro, o ComicConnect vendeu uma edição rara de banda desenhada do Super-Homem por 2,6 milhões de dólares (cerca de 2,3 milhões de euros).
Os super-heróis nascidos pela mão de Stan Lee, com ajuda dos artistas Jack Kirby e Steve Ditko, para a Marvel – ao Homem-Aranha e X-Men juntam-se o Demolidor, o Homem de Ferro, Thor, Pantera Negra, Doutor Estranho, Os Vingadores ou o Quarteto Fantástico – ganharam vida fora das páginas aos quadradinhos, mas uma vida igualmente planetária, quando o Universo Cinematográfico Marvel percebeu o filão que tinha em mãos: de Iron Man (em 2008) a Homem-Aranha: Sem Volta a Casa (2021) os heróis com toque humano são indiscutíveis blockbusters, o que já valeu duras críticas de um realizador como Martin Scorsese (O Irlandês), para quem os filmes da Marvel não passam de “parques de diversões” como escreveu num artigo de opinião no New York Times.