Judith Schalansky: “Nunca vamos aprender a esquecer”
Uma das preciosidades do ano que acaba chama-se Inventário de Algumas Perdas e é da autoria da alemã Judith Schalansky, nome a reter entre os mais originais da actual literatura europeia. Falámos com ela a partir deste ensaio sobre a perda, a memória, as ruínas enquanto possibilidades de construção. São doze histórias para nos sobreviverem.
Sempre que algo se perde muda do estado factual para o estado ficcional. É nessa fronteira transformadora que se situa a escrita da alemã Judith Schalansky em Inventário de Algumas Perdas, publicado pela Elsinore em Portugal no fim deste ano, com uma tradução brilhante de Isabel Castro Silva. É uma meditação sobre aquilo que desaparece, pinturas, objectos, ilhas, animais, palavras. A questão que se põe, escreve a autora no prólogo, é a “de saber se é mais horripilante a ideia de que tudo terá um fim ou de que não pode haver um fim”.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.