E o que mais lemos no P3 em 2021 foi...

Entre (muitos) textos sobre trabalho e histórias emotivas de animais, em 2021 estes foram os dez artigos e reportagens mais populares no P3.

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A história enterneceu meia Internet - não surpreende. Fernando Almeida estava a conduzir quando avistou uma raposa deitada na estrada. Levou-a para casa, deu-lhe comida e assim nasceu uma bela amizade: Linda começou a aparecer todas as noites, à hora de jantar.

Para uma geração cada vez mais qualificada, o que vem a seguir à licenciatura? À vontade de mudar o mundo junta-se uma crescente taxa de desemprego jovem, longas jornadas de trabalho, recibos verdes. O cenário não é animador: “O sistema educativo não nos dá a noção do que vamos passar a seguir.”

​Acordam e deitam-se a pensar no trabalho. Sabem que trabalhar compulsivamente não é saudável, mas não se arrependem de sacrificar agora, na juventude, para gozar mais tarde. São workaholics, por paixão ou necessidade.

Em pleno confinamento, e com os cabeleireiros fechados, a história de Baarack inspirou umas quantas piadas. Esta ovelha selvagem foi encontrada numa floresta na Austrália e rendeu mais de 35 quilos de lã. Estava magra e mal conseguia ver.

A expressão “revenge bedtime procrastination” ganhou força com a pandemia e o teletrabalho. As pessoas que mais resistem ao sono são as que menos tempo para o lazer conseguem arranjar durante o dia. Divertem-se (ou tentam divertir-se) durante a madrugada — apesar de saberem do mal que estão a fazer à saúde.​

É um relato impressionante. Neste texto publicado originalmente no The Washington Post, Karleigh Frisbie Brogan escreve sobre como começa a ponderar seguir a mentalidade de prepper do pai: “Não herdei a preocupação apocalíptica do meu pai. Mas as alterações climáticas estão a dar-me uma bofetada de realidade.”

Pedro dormia uma hora por noite e acordava em pânico, porque tinha de “agarrar logo no trabalho”. Bárbara prolongava o trabalho até de madrugada. Os jovens portugueses foram dos que mais sentiram na pele o peso do confinamento: dos 25% da população geral que revelaram sintomas de burnout, 32% pertenciam ao grupo entre os 18 aos 29 anos.

Também sobre o mercado laboral, como se sobrevive a um trabalho tóxico? Contactos fora de horas, humilhações gratuitas, ameaças, falta de empatia e competitividade pouco saudável são algumas das bandeiras vermelhas sinalizadas pelos entrevistados neste trabalho.

Usando um plástico azul a cobrir a câmara, Susana Vera, fotógrafa da Reuters, retratou pessoas que sofrem de covid-19 prolongada. Uma maneira de entrar na tal “névoa mental” de que todos falam.

São jovens que vivem com os pais. Alguns estão bem assim, sentem-se independentes; outros não vêem outra alternativa. “Acusam-nos de sermos preguiçosos, mas são mesmo as condições externas que tornam complicado o processo de sair de casa.”

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