Uma nesga da porta aberta
Entre 31 de Outubro e 13 de Novembro, discutiu-se e negociou-se em Glasgow para procurar encontrar formas de evitar o pior da catástrofe climática em marcha. Conseguiu-se o mínimo para manter a esperança viva, mas muito longe do que seria realmente necessário. O PÚBLICO escolheu 12 temas que marcaram o ano. Este foi um deles.
Os meses que antecederam a Cimeira do Clima, em Glasgow, estavam imbuídos da mesma mensagem: a COP26 era a última oportunidade para o mundo avançar com medidas que permitissem manter viva a meta definida no Acordo de Paris, de conter o aumento de temperatura média global bem abaixo dos 2 graus Celsius e, se possível (e este é o objectivo mais defendido), limitá-lo a 1,5 graus, até ao final do século e comparando com os níveis pré-industriais. Era esta a premissa que aguardava os líderes mundiais à chegada à Escócia, mas o resultado conseguido limita-se a deixar uma nesga da porta aberta para alcançar esse objectivo. Passos no sentido certo, mas insuficientes, foi o sentido dos balanços gerais desta cimeira.
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