Covid-19: farmácias vão abrir mais vagas para testes gratuitos esta semana

Presidente da Associação Nacional das Farmácias diz que alguns estabelecimentos só agora vão abrir marcações para o Natal e fim do ano. Mais de quatro centenas de laboratórios clínicos e postos de colheita também estão a fazer este tipo de testes.

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LUSA/MANUEL DE ALMEIDA

Marcar testes rápidos de antigénio de uso profissional gratuitos nas farmácias antes do Natal e do final do ano tem sido quase impossível, devido à enorme procura, mas a presidente da maior associação do sector, Ema Paulino, adianta que mais estabelecimentos vão aderir nos próximos dias a este programa e que serão disponibilizadas mais vagas.

“Algumas farmácias só agora vão abrir marcações para o Natal e o final do ano. Há ainda várias que estão a funcionar em regime de ‘casa aberta’, por ordem de chegada, e há outras que, como começaram a testagem mais cedo, abriram logo todas as vagas, e vão tentar disponibilizar mais. É uma questão de as pessoas irem perguntando, irem interagindo com as suas farmácias”, recomenda a presidente da Associação Nacional das Farmácias (ANF).

Segundo o site do Infarmed que disponibiliza a lista das farmácias e dos laboratórios de análises e postos de colheita que aderiram ao protocolo com o Serviço Nacional de Saúde, neste domingo havia 963 farmácias a realizar este tipo de testes para despiste de SARS-CoV-2 (não confundir com os autotestes). Além destas, há ainda mais cerca de 200 farmácias com protocolos com alguns municípios e as regiões autónomas e a expectativa é que esta semana entrem mais no programa, ascendendo no total a “1400 a 1450”, adianta Ema Paulino.

Mas a presidente da ANF sublinha que este tipo de testes são obrigatórios apenas em determinadas circunstâncias, como para jantares de Natal e de Ano Novo, visitas a familiares que estão hospitalizados ou institucionalizados. E apenas são comparticipados quatro testes por mês, por pessoa. “Se se trata apenas de um jantar familiar, é suficiente fazer um autoteste. É preciso sensibilizar a população para esta questão, de modo que nenhuma pessoa que precise mesmo fique sem vaga”, recomenda.

Quanto aos autotestes, estes também têm escasseado nas farmácias, porque “o abastecimento não tem sido regular e as entregas são faseadas, mas vão chegando e não há uma ruptura total”, garante Ema Paulino.

Além das farmácias, “cerca de 80% da rede de laboratórios de análises em Portugal” estão igualmente a realizar testes rápidos de antigénio gratuitos de uso profissional, frisou neste domingo o presidente da Associação Nacional dos Laboratórios Clínicos (ANL), Nuno Saraiva. “A maioria das pessoas tem a ideia de que só as farmácias é que estão a fazer testes rápidos gratuitos” à covid-19, mas isso também é possível em laboratórios, disse à Lusa, notando que os 68 associados da ANL incluem “a grande maioria dos laboratórios” em Portugal, nomeadamente os grandes grupos. Segundo o site do Infarmed, a lista inclui actualmente 439 laboratórios e postos de colheita de norte a sul do país.

A ministra da Saúde, Marta Temido, adiantou na sexta-feira que o Governo tenciona aumentar o número de testes covid-19 gratuitos por pessoa e que a medida “poderá avançar” na próxima semana. No dia seguinte, o secretário de Estado adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, acrescentou que esta é uma decisão que está em estudo mas que “depende da evolução do próprio mercado”, e assegurou que está a ser feito “um esforço para repor todas as faltas” de testes.

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